Afirmação foi feita em live
Por Rogério Cirino
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar as altas taxas de juros no país e afirmou que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deve dar explicações sobre essa questão ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu.
Durante sua live semanal, Lula destacou a necessidade de redução dos juros, pois considera a situação inexplicável. Ele mencionou que as taxas de juros estão em 13,75% em um país com inflação anual de 5%.
Na próxima terça-feira (20), terá início a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, e a decisão será divulgada na quarta-feira (21). A expectativa dos analistas é que a autoridade monetária mantenha a taxa de juros em 13,75% ao ano, conforme indicado no Boletim Focus.
No Boletim Focus desta semana, os economistas consultados pelo Banco Central revisaram a estimativa para a taxa básica de juros em 2023, reduzindo de 12,5% para 12,25% ao ano. Além disso, houve uma redução na projeção da Selic para 2024, de 10% para 9,5%. As projeções para 2025 e 2026 foram mantidas em 9% e 8,75%, respectivamente.
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A expectativa é que a trajetória de redução dos juros comece na próxima reunião, marcada para os dias 1º e 2 de agosto. O Boletim Focus também trouxe novas projeções para a inflação, com cortes nas estimativas para os próximos anos.
A previsão para o IPCA ao final de 2023 foi revisada para baixo, de 5,42% para 5,12%, e para 2024, a projeção foi de 4,04% para 4%. Já para 2025 e 2026, as reduções foram, respectivamente, de 3,9% para 3,8% e de 3,88% para 3,08%.
Segundo a economista Ariane Benedito, da Esh Capital, o Banco Central deve iniciar o ciclo de cortes em agosto, com projeção de redução gradual da taxa Selic para 12,50% ao ano, por meio de cortes de 0,50% em agosto e setembro, seguidos de um corte final de 0,25% nas reuniões de outubro e novembro. No entanto, ela ressalta que, se houver uma melhora contínua no ambiente de preços e nas expectativas de inflação, a possibilidade de o Banco Central continuar o ciclo de cortes não está descartada.
A economista destaca que o resultado baixo do IPCA em maio e a melhora das perspectivas de inflação contribuem para o Banco Central iniciar o afrouxamento da política monetária. No entanto, apesar do crescimento do PIB no primeiro trimestre, impulsionado pelo agronegócio, os dados recentes de atividade, como o PMS, PMC e PMI, mostram um arrefecimento, especialmente no setor de serviços.
Ariane Benedito destaca que as últimas comunicações do Banco Central foram de pedir paciência e afirmar que não há pressa para iniciar o ciclo de cortes. Ela ressalta que o IPCA e as expectativas de inflação são os principais indicadores que influenciam as decisões do Copom.
A valorização do real em relação ao dólar também contribui para o arrefecimento dos preços, beneficiando o setor de commodities, que tem uma perspectiva melhor para o segundo semestre de 2023. A economista afirma que, devido aos estímulos fiscais e programas sociais do governo, que aumentam a renda e a atividade, é possível observar uma desaceleração mais gradual da inflação.
Ela ressalta também a importância de resolver as questões fiscais de forma mais acelerada, reduzindo incertezas e facilitando a ancoragem das expectativas. Outro ponto destacado pela economista é a inflação de demanda, que se concentra principalmente nos preços domésticos e é um aspecto que o Banco Central tem maior controle. Caso haja um desajuste nessa demanda aquecida, há possibilidade de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros para combatê-lo, ou optar por manter a taxa mais alta por mais tempo.