Mesmo sem votos, mais de 400 desses candidatos garantiram a suplência.
Nas eleições municipais deste ano, mais de 1,6 mil candidatos ao cargo de vereador não registraram nenhum voto, nem mesmo o próprio. O levantamento, feito pelo Metrópoles com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até a tarde de segunda-feira (7), revelou que mais de 400 desses candidatos ainda garantiram a suplência, o que os coloca como possíveis substitutos dos eleitos em casos de licença ou vacância.
A Bahia lidera o número de candidatos sem qualquer voto, com 268 registros, seguida por São Paulo, com 214, e Minas Gerais, com 193. Em termos de gênero, a diferença é mínima, com 843 homens e 802 mulheres não computando votos. O fato de um candidato não votar em si mesmo não configura ilegalidade, mas pode levantar suspeitas, especialmente se houver movimentação financeira atípica, sugerindo o uso de candidaturas laranjas.
Apesar de curioso, o levantamento considerou apenas os candidatos aptos ou com registro de candidatura em fase recursal, excluindo aqueles que renunciaram, foram considerados inaptos ou faleceram antes do pleito. Os dados do TSE ainda podem passar por atualizações.
Nas eleições de 2024, mais de 120 milhões de brasileiros foram às urnas, com 78% do eleitorado participando. Em cidades com mais de 200 mil eleitores, onde haverá segundo turno, os eleitores voltarão às urnas no dia 27 de outubro.
