MC Poze do Rodo é preso por ligação com o Comando Vermelho, diz Polícia Civil

Investigado por shows financiados por facção criminosa, funkeiro teria ajudado a lavar dinheiro do tráfico e promover o nome do Comando Vermelho em comunidades do Rio


O cantor MC Poze do Rodo, nome artístico de Marlon Brendon Coelho Couto, foi preso temporariamente nesta quinta-feira (29) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro, sob suspeita de manter uma “ligação sólida” com membros da cúpula do Comando Vermelho (CV).

Segundo revelou o Metrópoles, equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) apontam que o artista participava ativamente de festas organizadas por criminosos em comunidades como o Complexo do Alemão e a Cidade de Deus, onde a presença de fuzis e armas pesadas era comum.

A investigação indica que Poze fazia shows financiados pela facção e contribuía para a lavagem de dinheiro do tráfico, além de promover o nome do Comando Vermelho em seus eventos.

“As provas são robustas o suficiente para embasar o pedido de prisão preventiva pelo vínculo direto do artista com integrantes do crime organizado”, afirmou uma fonte da DRE ao Metrópoles.

Bens de luxo e rifas suspeitas

Em novembro de 2024, MC Poze já havia sido alvo de uma operação que resultou na apreensão de carros de luxo e joias. Recentemente, ele chegou a comemorar nas redes sociais uma decisão favorável da Justiça, que determinou a devolução de bens como uma Land Rover, uma BMW, um Honda HR-V e diversas peças de alto valor.

A decisão foi assinada pelo juiz Thales Nogueira, da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, e atendeu parcialmente aos pedidos da defesa de Poze e sua esposa, Viviane. O processo corre em segredo de Justiça.

As investigações também revelaram o envolvimento do funkeiro em esquemas de rifas de veículos e transferências via Pix que simulavam legalidade com base nos resultados da Loteria Federal. No entanto, segundo a polícia, os sorteios eram fraudulentos: os carros não tinham documentação transferida para os vencedores e os aplicativos usados apresentavam indícios claros de manipulação.

“Há elementos que demonstram uma tentativa de conferir legalidade a uma atividade ilegal, usada também para encobrir transações financeiras suspeitas”, afirma o relatório da DRE.

Artista polêmico e influente

MC Poze do Rodo, um dos nomes mais populares do funk carioca, já acumulava milhões de seguidores nas redes sociais e era conhecido por ostentar uma vida de luxo e aparições em comunidades dominadas pelo tráfico.

Apesar da fama, sua imagem esteve frequentemente ligada a polêmicas com a Justiça, ostentação de armas e discursos agressivos, o que reforçou a suspeita de conivência com facções criminosas.

Agora, com a prisão decretada e novas provas em mãos, a polícia busca transformar a prisão temporária em preventiva — e poderá abrir novas frentes de investigação contra artistas suspeitos de colaborar com o crime organizado no Rio de Janeiro.

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