Mensagens revelam PCC tentou se aproximar de ministro do STF

Cartas e mensagens revelam que familiares de líder da facção tentaram contato com o magistrado, mas encontro nunca aconteceu

Com informações da coluna de Carlos Carone – Metrópoles

Uma investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) revelou que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) tentaram, sem sucesso, se aproximar do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação foi articulada por familiares de Rodrigo Felício, o “Tiquinho”, membro da cúpula da facção, que cumpre pena na Penitenciária de Segurança Máxima Presidente Venceslau II, no interior paulista.

De acordo com o Procedimento Investigatório Criminal (PIC), de 683 páginas, liderado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a filha de Tiquinho teria tentado intermediar o contato após participar de um jantar em uma embaixada, onde conheceu pessoas com supostas ligações dentro do Supremo. As comunicações foram feitas por meio de cartas escritas à mão e mensagens trocadas no WhatsApp com a madrasta.

Apesar das tentativas, não há qualquer indício de que a reunião tenha ocorrido. Pelo contrário: Nunes Marques rejeitou seis pedidos da defesa de Tiquinho como relator de processos envolvendo o criminoso.

As investigações mostram que as cartas manuscritas de Tiquinho saíam da prisão com a ajuda da companheira, que as levava escondidas após visitas. Em uma dessas cartas, ele orientava a filha sobre como deveria agir para tentar estabelecer contato com o ministro.

O episódio evidencia a ousadia do PCC, que tenta estender seus tentáculos até as altas esferas do Poder Judiciário, mas, neste caso, sem sucesso.

Confira as mensagens trocadas (imagens Metrópoles)

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