Ministros de tribunais superiores de Brasília e lideranças de partidos do chamado Centrão viram na operação do Ministério Público do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (18) uma estratégia para forçar o policial militar reformado Fabrício Queiroz a fechar um acordo de delação premiada.
Fonte: CNN Brasil
Na avaliação desses ministros e parlamentares, a estratégia passa pelo pedido de prisão feito pelo MP fluminense não só do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), como da mulher dele, Márcia Aguiar, considerada foragida.
Nos bastidores, um ministro de tribunal superior ressaltou que a estratégia é semelhante a que a Lava Jato usava com seus alvos. Ele lembra que esse foi o modus operandi usado pela operação para garantir a delação do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa.
A prisão de Queiroz nesta quinta-feira fez parte de uma ação conjunta entre o Ministério Público do Rio de Janeiro e o Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos dois estados.
A prisão foi determinada com base na investigação que apura participação de Queiroz em esquema de “rachadinha” – termo usado para apontar a prática de coagir servidores a devolver parte de seus salários – quando ele trabalhava como assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio.
Reprodução: BSB TIMES