Luso-suíço não resistiu às lesões após o grave acidente no último minuto da qualificação para o Grande Prémio de Itália em Moto3 e morreu na manhã deste domingo. Piloto da Prüstel tinha 19 anos
Fonte: observador.pt
As indicações que existiam não eram as melhores, a esperança começava a escassear e a pior notícia acabou mesmo por confirmar-se na manhã deste domingo. Morreu Jason Dupasquier, piloto luso-suíço de 19 anos. “Estamos profundamente tristes em anunciar a perda de Jason Dupasquier. Em nome de toda a família MotoGP, enviamos os nossos sentimentos à família e entes queridos. Vamos sentir a tua falta. Conduz em paz”, escreveu a página oficial do MotoGP no Twitter esta manhã, no final da corrida de Moto3 no circuito de Mugello.
O piloto da Prüstel tinha sofrido um aparatoso acidente no último minuto da qualificação para o Grande Prémio de Itália em Moto3, quando saiu mal da curva 9 do circuito de Mugello, foi ao asfalto e levou depois com a moto de Ayumu Sasaki, que não conseguiu desviar-se a tempo e sofreu também uma queda. Dupasquier foi assistido durante mais de meia hora na pista antes de ser transportado de helicóptero para o hospital de Florença, onde apresentava um edema cerebral que obrigou a uma intervenção de urgência e uma forte contusão torácica.
Esta manhã, a Prüstel tinha comunicado que não iria participar no Grande Prémio de Itália de Moto3, ao mesmo tempo que explicou que Dupasquier estava em “estado crítico”. Ainda no sábado, Giancarlo di Filippo, médico da Federação Internacional de Motociclismo, tinha mostrado também grande preocupação com a situação do luso-suíço. “A equipa médica assistiu-o no local, tendo sido depois transportado para o hospital de Florença numa fase em que estava hemodinamicamente estável. De momento, sabemos que se encontra em estado muito grave e estamos à espera de mais informações por parte do hospital”, explicou ao final da tarde de sábado.
Jason Dupasquier fez a estreia em 2020 no Moto3, terminando o Mundial no 28.º lugar sem nunca ter conseguido pontuar mas com a particularidade de ter terminado todas as provas da época. Esta temporada, o luso-suíço estava a ser um dos principais destaques pelo grande salto qualitativo em relação a 2020, pontuando em todas as cinco corridas e alcançando mesmo dois top 10, em Espanha (sétimo) e no Qatar (décimo). Na última prova que fez, em França, acabou na 13.ª posição. O piloto da Prüstel ocupava o décimo lugar do Mundial.
Filho de um antigo campeão de motocross suíço e de mãe portuguesa, Dupasquier fez sempre questão de manter a ligação com Portugal, como se viu no Grande Prémio realizado no Autódromo Internacional do Algarve onde conduziu no assento com as duas bandeiras e colocou no capacete várias alusões à sua região helvética, Gruyère, como o queijo, as flores, o castelo ou o chocolate, mas também referências a Portugal como os mosaicos, o mar, as vinhas, a ponte ou o elétrico de Lisboa.