Denúncia da Operação Coffee Break envolve nove acusados e solicita apuração sobre Carla Ariane Trindade e Kalil Bittar.
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nove pessoas por organização criminosa e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Coffee Break, que apura um esquema de corrupção envolvendo verbas da Educação em municípios do interior de São Paulo. A denúncia foi apresentada na sexta-feira (6/12) e segue para análise do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3).
O MPF também pediu a abertura de um novo inquérito para investigar a possível participação de Carla Ariane Trindade, ex-nora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de Kalil Bittar, ex-sócio de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Carla Ariane foi casada com Marcos Cláudio Lula da Silva, outro filho do presidente.
Segundo a denúncia, o grupo teria montado um sistema de superfaturamento de livros educacionais em três cidades paulistas. O MPF afirma que o esquema dependia de uma rede de tráfico de influência, sustentada pelo pagamento de propinas a pessoas com livre acesso a órgãos do governo federal.
O órgão pede que se tornem réus o empresário André Mariano, dono da empresa Life, e o doleiro Abdalla Ahmad Fares, apontados como centrais no funcionamento do esquema. A defesa de Mariano nega que ele tenha liderado qualquer organização criminosa.
A peça do MPF lista os seguintes denunciados, atribuídos a diferentes núcleos operacionais:
Denunciados pelo MPF — Operação Coffee Break:
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André Mariano: empresário e dono da Life, acusado de liderar a organização criminosa.
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Abdalla Ahmad Fares, Eduardo Maculan e Claudia Terumi Okumura Rodrigues: núcleo de doleiros responsável por fracionar valores destinados ao pagamento de propinas.
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Gilberto Barreiro: apontado como operador financeiro do esquema, encarregado da distribuição dos valores.
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Paulo Rogério da Silva: doleiro responsável por fornecer dinheiro em espécie a André Mariano.
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João Raphael de Oliveira Kinack: teria intermediado contatos entre Mariano e os doleiros.
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Marcilio dos Santos Yamasita: operador financeiro e dono de uma loja de vinhos usada para lavar dinheiro.
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Paulo de Matos Júnior: acusado de receber recursos da empresa Life e convertê-los em criptomoedas.
O caso segue agora para avaliação do TRF-3, que decidirá se aceita a denúncia e transforma os envolvidos em réus.
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