“Não queremos vacina, temos a cloroquina”, diz grupo de manifestantes

Grupo pediu que a prefeitura da Capital e a Secretaria Municipal da Saúde adote o protocolo do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro (Foto: Eduardo Matisyak)

Vídeo que circula nas redes sociais foi gravado nesta segunda-feira (7/9), em Curitiba

Um grupo de manifestantes promoveu um protesto hoje, na Boca Maldita, centro de Curitiba para pedir que a prefeitura da Capital e a Secretaria Municipal da Saúde adote o protocolo do Ministério da Saúde do governo Bolsonaro, para suposto tratamento precoce contra o Covid-19, com hidroxicloroquina, azidromicina e outros medicamentos.

Um novo estudo da Coalizão Covid-19 Brasil revela a ineficácia do antibiótico azitromicina em pacientes graves da Covid-19. O Brasil participa de testes de vacinas desenvolvidas em outros países e há a expectativa de que algumas dessas fórmulas esteja disponíveis no fim deste ano ou no início de 2021.

Em relação à cloroquina, a Organização Mundial da Saúde diz que medicamento contra malária, que não tem eficácia cientificamente comprovada para tratar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, teve os testes contra covid-19 coordenados pela OMS suspensos por falta de benefícios para os pacientes.

O presidente Jair Bolsonaro, que apesar das evidências científicas apontarem o contrário, defende o uso da cloroquina em casos de covid-19, disse que não seria possível obrigar ninguém a tomar uma vacina. Para especialistas, o discurso do presidente tende a prejudicar a adesão dos brasileiros a uma imunização, quando ela surgir.

Um grupo de ’10 mil’ médicos pró-cloroquina defendem o trtamento precoce. Diferente do sugerido por eles, entretanto, associações médicas e a Organização Mundial da Saúde (OMS) consideram que não existe nenhum tratamento específico, comprovado e seguro para a covid-19. Sociedades científicas já manifestaram preocupação com a propagação do tratamento precoce.

Helio Rosa para o BSB TIMES

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