As obras do Teatro Nacional Claudio Santoro têm como principal objetivo atualizar o equipamento público projetado por Oscar Niemeyer levando em consideração as normas de segurança, combate a incêndio e acessibilidade. Durante a revisão do projeto, também foram incluídas modernizações em cumprimento às diretrizes pós-pandêmicas relativas aos sistemas de ar-condicionado e ventilação.
Durante o processo de demolição da Sala Martins Pena foi identificado que havia um espaço vazio embaixo da plateia. Essa área foi reservada para a construção do novo sistema de ventilação. O ambiente recebe o ar da sala por meio de dutos de ventilação instalados debaixo das novas poltronas.
“É feita essa sucção por baixo para ajudar no encaminhamento natural do ar para a área”, explica a diretora-executiva da Solé Associados, empresa responsável pelo projeto, Antonela Solé. “Num caminho menor, o ar não sairia. Ele precisa desse equipamento que faz uma leve sucção para que o ar seja puxado e purificado.”
Além de garantir a troca de ar no ambiente, o sistema de ventilação é um mecanismo importante em casos de incêndio, complementa a gestora: “Esses dutos também trabalham em momentos de sinistro fazendo o efeito reverso. Eles sugam a fumaça e a tiram do ambiente”.
O novo sistema servirá de base para todo o teatro e terá as conexões feitas nas próximas etapas. A obra do Teatro Nacional Claudio Santoro foi dividida em quatro fases. A primeira consiste na instalação das estruturas e restauração da Sala Martins Pena, enquanto as demais contarão com serviços nas salas Villa-Lobos e Nepomuceno, o Espaço Dercy e o anexo. O investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) nesses trabalhos é de R$ 70 milhões.