Você usa e gosta do Google? Então tenho uma notícia não muito boa para te dar: ele guarda muitos, mas muitos mesmo, dados sobre você e sua localização
A boa notícia é que, pelo menos, existe uma maneira de você encontrar e apagar essas informações.
Nunca é demais garantir um pouco mais de privacidade —o Google já foi até acusado de registrar a localização de pessoas mesmo com o recurso desligado. Imagine, então, o que não está exposto no Google Maps, por exemplo, um dos principais produtos da companhia e que virou referência mundial para pesquisa de rotas ou locais. Entenda abaixo como encontrar e deletar essas informações.
No Android, esse monitoramento costuma estar ativado por padrão. No iPhone e iPad, ele também funciona se o usuário tiver aplicativos do Google instalados, associados a uma conta do Google. A empresa informou a Tilt que esse registro está disponível pelo menos desde 2010.
Onde estão as informações
Você pode encontrar os dados que o Google Maps tem sobre você no site Minha Atividade, do Google. Você deve fazer login na página da companhia e aí poderá ter acesso a, teoricamente, todas as informações que existem sobre você. Indicamos acessar pelo desktop para ter uma melhor visualização.
A visualização inicial mostrada na página é geral e envolve tudo o que você fez em serviços do Google — do navegador Google Chrome a pesquisas e uso de outros aplicativos. E a quantidade de informações é chocante: mesmo poucas horas após ter acordado, em um domingo de trabalho e sem estar usando um celular Android no dia, a empresa tinha coletado 271 dados sobre mim.
O histórico é tão detalhado que, ao selecionar “Linha do tempo”, é possível ver a hora exata em que se esteve em algum lugar.
Entre as informações específicas sobre o usuário coletadas pelo Google Maps, estão buscas que você fez, áreas do mapa que você olhou, mapas offline que abriu, rotas que pesquisou e muito mais.
Segundo a empresa, isso facilita as pesquisas em mapas e o recebimento de informações personalizadas (por exemplo, para mostrar automaticamente o trânsito para ir ao trabalho ou quais restaurantes combinam mais com você).
Deletando o histórico de navegação
Apagar as informações também é bem fácil. Atente-se ao fato de que você tem diversas opções de apagar os dados. Você pode deletar um a um especificamente, pode deletar um grupo referente a um período (como “hoje”) ou deletar todas as informações.
O Google alerta que deletar dados pode influenciar a eficácia do uso futuro dos serviços da empresa por você. Ele cita, por exemplo, que fornece melhores opções de deslocamento diário no Maps e resultados mais rápidos da pesquisa graças a dados que já tem sobre você.
Excluir todo o Histórico de localização
- No navegador da Web, abra sua linha do tempo do Google Maps.
- Toque em Excluir.
- Siga as instruções exibidas na tela.
Excluir um dia do Histórico de localização
- Na mesma tela da sua linha tempo do Google Maps, escolha um ano, mês e dia que você queira excluir.
- Toque em Excluir e siga as instruções exibidas na tela.
Excluir uma parada do Histórico de localização
- Também na sua linha do tempo do Google Maps, escolha um ano, mês e dia que você queira excluir.
- Ao lado da parada que você quer excluir, toque em Mais e Remover parada do dia.
- Siga as instruções exibidas na tela.
Também dá para excluir automaticamente o Histórico de localização com mais de: 3, 18 ou 36 meses.
- Clique em Configurações no canto inferior direito,
- Agora vá em Excluir automaticamente o Histórico de localização.
- Siga os passos exibidos na tela.
Como não ter dados coletados
Se você não quer fazer esse trabalho sempre e deseja que o Google não colete seus dados com frequência, também conta com uma solução.
Ainda nesta página da atividade, você deve determinar se sua conta ou seus dispositivos podem registrar o Histórico de localização. Na parte superior, ative ou desative o item Histórico de Localização.
Detalhe: é bom sempre ficar de olho nos dados que o Google tem sobre você. Essa página “Minha Atividade” consegue achar uma série de informações que nem você imaginava que o Google tinha — incluindo até sua voz.
Gabriel Francisco, Tilt Uol