Você já teve a sensação de que não estava a sós em casa e desconfiou se tratar de um fantasma? Sons estranhos surgem pelo imóvel e alguns objetos desaparecem misteriosamente? O seu caso pode não ter nada a ver com algum tipo de manifestação sobrenatural e sim com alguém praticando “phrogging”.
Situação abordada no filme À Espreita do Mal, da Netflix, phrogging é o ato de viver escondido na casa de outra pessoa. O termo é derivado da palavra inglesa “frog”, que em tradução livre significa sapo, e se refere às pessoas que se dedicam a este tipo de atividade e vivem pulando de um imóvel para o outro.
Os phroggers (praticantes da atividade) geralmente agem assim com o objetivo de aproveitar a experiência de viver escondido na casa dos outros sem que os moradores saibam. Eles dormem por lá, usam o banheiro, se alimentam, observam os proprietários e assistem à TV sem ninguém perceber, abandonando o local após alguns dias.
À Espreita do Mal. (Fonte: Netflix/Divulgação)
Também há aqueles que investem nesta prática por necessidade, como vemos em Parasita, ganhador do Oscar 2020, ou por não terem onde morar, e resolvem beneficiar-se da “hospedagem” gratuita. Eles podem viver no sótão, porão ou qualquer outra parte da casa onde não haja movimentação, saindo do esconderijo à noite ou quando não há ninguém na residência.
Casos reais de phrogging
Ao contrário do que possa parecer, o phrogging não é uma lenda urbana nem acontece apenas nos filmes. Já houve vários casos noticiados, principalmente nos Estados Unidos, um deles em 2013, quando estudantes de uma universidade em Ohio descobriram um estranho morando no porão.
Parasita. (Fonte: IMDb/Reprodução)
Antes disso, em 2008, foi relatado o caso de uma mulher que vivia escondida no porão de uma casa no Japão. Já com relação aos casos de phrogging no Brasil, o hábito parece não ter se tornado moda aqui. De qualquer forma, vale a pena reforçar as fechaduras, trancar bem as janelas e investir em um sistema de vigilância com câmeras.
E na próxima vez que notar algo estranho em casa (ruídos, coisas desaparecendo, micro-ondas ligando sozinho etc), pode ser mais prático chamar a polícia para fazer uma varredura no imóvel do que contratar um investigador paranormal.
Fonte: Megacurioso