Esqueça capuzes, roupas misteriosas e parkour, pois as representações dos assassinos hashashins na cultura pop são muito mais baseadas na também fantasiada ideia dos ninjas de que nos membros da Ordem dos Assassinos histórica. Primeiramente, o método de matar dos assassinos não consistia em entrar encapuzado ou com a face coberta num local, se aproximar da vítima, desferir o golpe e sair correndo.
Os fedaim para conseguir se aproximar das vítimas, que eram pessoas de cargos altos, se disfarçavam de funcionários, guardas ou até mesmo mendigos, para que despercebidamente, pudessem se aproximar sem ser barrados, pois qualquer roupa “misteriosa” seria ligar uma sirene de alerta.
Parte da ideologia da seita consista no alcance do ”martírio” após o assassinato político, e os hashashim costumavam se deixar capturar para um linchamento ou até mesmo se suicidar, buscando o paraíso prometido por Hassan al-Sabah, o Velho da Montanha, e não sair correndo de volta para a base dando pirueta.
E provavelmente a palavra assassino, no vernáculo lusitano, surgiu derivada do nome da referida seita: hashashim.
Nos três exemplos históricos mais famosos que temos das atuações dos hashashins, estão o assassinato do rei cruzado Conrad de Montferrat, morto por assassinos disfarçados de monges, a tentativa de assassinado de Saladino, que foi atacado por um hashashin vestido de guarda, e o assassinato de Nizam al-Mulk, morto por um assassino vestido de dervixe sufi mendicante.
Nas representações modernas, os assassinos profissionais que mais se aproximam do método dos hashashins, na questão de matar disfarçado, estão os Homens sem Rosto de Game of Thrones.
O personagem Altair do jogo Assassin’s Creed VS. Como um um assassino fidai da seita dos nizaris ismaelitas do século XII realmente se vestiria, baseado numa ilustração do século XIV que retrata a morte do vizir seljúcida Nizam al-Mulk em 1092.
FONTE: História Islâmica