Após ataque na Caxemira com 26 mortos, governo paquistanês acusa Nova Délhi de preparar ofensiva e promete resposta “decisiva”
O governo do Paquistão afirmou nesta terça-feira (29) que possui informações confiáveis sobre um possível ataque militar da Índia nas próximas 24 a 36 horas. A declaração foi feita pelo ministro da Informação Attaullah Tarar, em meio à crescente tensão entre os dois países após um ataque a turistas na região da Caxemira que deixou 26 mortos.
Segundo Nova Délhi, há indícios de envolvimento paquistanês na ação, acusação que Islamabad nega veementemente, pedindo uma investigação internacional independente. Em resposta às acusações, o Paquistão fechou seu espaço aéreo para companhias indianas, enquanto a Índia suspendeu unilateralmente o Tratado das Águas do Indo — um pacto vital entre os dois países.
“O Paquistão tem informações confiáveis de que a Índia pretende lançar um ataque militar usando o caso de Pahalgam como falso pretexto”, escreveu Tarar na rede X. Ele alertou que “qualquer ato de agressão será respondido de forma decisiva” e responsabilizou a Índia por eventuais desdobramentos.
O ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Muhammad Asif, também afirmou à Reuters que uma incursão indiana é iminente, mas garantiu que armas nucleares só seriam usadas “em caso de ameaça direta à nossa existência”.
A Caxemira, região disputada há décadas entre as duas potências nucleares, volta ao centro do tabuleiro geopolítico sul-asiático, com risco real de escalada militar a qualquer momento.
