O prefeito de São Paulo morreu às 8h20 deste domingo (16/5), após lutar por 1 ano e 7 meses contra um câncer na cárdia
O corpo do prefeito licenciado de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi velado no começo da tarde de hoje (16) diante de poucos familiares e amigos devido à necessidade de se evitar aglomerações por causa da pandemia de covid-19. Bruno Covas morreu neste domingo depois de enfrentar um câncer desde 2019.
O caixão deixou a sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade, por volta das 14h30, de onde seguirá para um cortejo pela capital paulista e, depois, para Santos, cidade natal do prefeito.
Compareceram à cerimônia o filho de 15 anos, Tomás Covas; os pais do político, Pedro Lopes e Renata Covas Lopes; o irmão, Gustavo; e a ex-mulher do prefeito, Karen Ichiba. O governador paulista João Doria (PSDB) e a mulher, Bia, também acompanharam.
Outras autoridades, como o prefeito em exercício, Ricardo Nunes (MDB), e os secretários Gustavo Pires (Executivo) e Fernando Padula (Educação) também estiveram presentes, assim como o oncologista que tratou o prefeito, Túlio Pfiffer.
Ao entrar para o velório do prefeito, Doria disse que visitou Covas no hospital na última segunda-feira (10) e que conversaram, principalmente, sobre política. “Acabou sendo nossa despedida. Ficamos uma hora e vinte juntos”, disse.
“Covas mostrou como sempre sua grandeza. Sua preocupação com a cidade, com o povo, pensando no PSDB. Ele sempre foi renovador. Queria um futuro melhor. Falava [de política] com altivez, com tranquilidade”.
Flores em frente à prefeitura
Do lado de fora, pouco antes de meio-dia, quando uma criança deixou um vaso de flores em frente à Prefeitura de São Paulo. “Bruno, descanse em paz”, dizia o bilhete, com bonecos desenhados em traços infantis.
Lúcia de Fátima de Sousa se posicionou bem em frente ao prédio, com os olhos marejados e de braços dados com os dois filhos. Ela contou que estava na casa de uma amiga quando soube da notícia, e decidiu se despedir do prefeito. “Eu gostava muito dele. Eu acompanhei toda a trajetória dele, o sofrimento. E ele sempre com muita fé, né? Hoje de manhã, quando eu soube da notícia, eu tinha saído. Eu pedia muito a Deus por ele”, afirmou.
A militância do PSDB conversou com a reportagem do UOL enquanto organizava uma série de bandeiras para entregar ao público. O movimento prevê pelo menos 40 carros durante a cerimônia de despedida, mas não há previsão de quantas pessoas devem participar.
“Todos que participaram com ele na sua vida política devem comparecer para uma despedida. O Bruno era nossa liderança, aquilo que representava toda essa juventude do PSDB. Nós acreditávamos que o Bruno ainda tinha muito a fazer pela cidade de São Paulo e pelo Brasil. Ele era a liderança que chegaria à presidência da República”, afirmou Dario José Barreto, subprefeito de Santana de Tucuruvi (SP), de 42 anos.
“Hoje estou sendo órfã duas vezes de Covas. Está sendo um baque muito grande. Perdi os dois Covas que eu mais acreditei na vida”, afirmou a presidente do diretório da Lapa, Renata Benetton. Ela levava uma fitinha no braço, com o slogan da campanha de Covas em 2020: “força, foco e fé”.
Com UOL