Ministro de Minas e Energia anunciou adesão do Brasil à carta de cooperação da Opep+, que reúne os maiores produtores de petróleo
FONTE: METROPOLES
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dobrou a aposta por petróleo com a recente decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de aderir à carta de cooperação da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+). Com a mudança, o país passa a fazer parte do fórum de discussão no qual participam os países da Opep e da Opep+.
Para especialistas em meio ambiente, a guinada rumo à ampliação da exploração do óleo representa um retrocesso. Além disso, o grupo defende que a iniciativa vai na contramão dos anseios do governo em colocar o Brasil como líder na transição energética.
Entenda o que aconteceu
- O CNPE decidiu, nessa terça-feira (18/2), aderir à Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), uma espécie de foro consultivo da Opep e da Opep+.
- Os signatários da carta, no entanto, não têm interferência sobre as decisões da política petroleira dos grupos.
- O gesto acontece em meio ao aumento da pressão sobre a concessão da liberação para pesquisa e exploração de petróleo na Margem Equatorial.
- Para ambientalistas, as ações contradizem os compromissos climáticos prometidos pelo Brasil.
O governo Lula tem sido alvo de críticas por adotar um discurso favorável ao meio ambiente diante dos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, no Pará, em novembro.
Ao anunciar a decisão do CNPE em aderir à carta da Opep+, visto as discussões de transição energética que antevêem a COP30, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, alfinetou os ambientalistas.