Assim os aliados políticos do presidente clasificaram o pedido de impeachment protocolado pelos partidos de esquerda
Por Hélio Rosa
Para os aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o pedido de impeachment entregue à Câmara por líderes de ésquerda é mera peça de ficção. Segundo eles não existe cabimento algum, nem político nem jurídico protocolado nesta quarta-feria (31) pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede), Jean Paul Prates (PT) e pelos deputados Marcelo Freixo (PSOL), Alessandro Molon (PSB) e Arlindo Chinaglia (PT).
Randolfe Rodrigues alega que o presidente tentou usar as forças armadas “politicamente” ao trocar seu comando.
“Essa substituição não foi um ato aleatório, não foi um ato que é simplesmente da governança do senhor presidente da República. Os fatos que corroboram e que nós temos conhecimento dão conta que o então ministro da Defesa não aceitou as intenções golpistas do senhor presidente. Por outro lado, o presidente procura incitar, em todo o país, um ambiente de motim, de desrespeito à hierarquia militar”, disse o Randolfe.
Em entrevista à radio Joven Pan o deputado Major Vitor Hugo (PSL) se referiu à ação da esquerda como um mero estardalhaço o qual não dará em nada.
“Não vai dar em nada. É algo inócuo. Não há clima no país de rejeição ao presidente, a despeito de todos os problemas que nós temos enfrentado, inclusive decorrentes da crise sanitária. Não há uma degradação da economia a ponto de se culpar o governo federal”, retrucou o deputado.
Esse pedido se soma à outros 60 pedidos de impeachment desde o início do mandato do presidente Bolsonaro.