O presidente da Comissão de Educação (CE), senador Flávio Arns (PSB-PR), lamentou nesta terça-feira (10), ao abrir a reunião da comissão, a morte do escritor paranaense Dalton Trevisan, conhecido como “O Vampiro de Curitiba”. Trevisan morreu na segunda-feira (9), aos 99 anos. A causa da morte não foi revelada.
Arns destacou que o escritor foi um dos maiores contistas brasileiros, vencedor dos prêmios Jabuti e Camões, os mais importantes para autores em língua portuguesa.
— (Trevisan) retratou de forma única o cotidiano e os dramas humanos da cidade em que nasceu viveu e morreu. Uma personalidade que marcou a literatura brasileira, seja por sua obra admirada e premiada no Brasil e no mundo, ou por seu estilo de vida incluso e até mesmo misterioso. Dalton pertence a Curitiba assim como os personagens apresentados de forma impactante irônica e precisa em sua escrita — afirmou o senador.
A homenagem foi reforçada pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), que lamentou a perda para a literatura.
— Era uma visão muito própria do cotidiano. Soube inclusive que ele deixou algumas recomendações para o momento de agora, o pós-morte, dentro daquele espírito bastante revolucionário com o qual sempre pautou a sua vida e os seus escritos.
Dalton Trevisan começou a carreira literária com a novela “Sonata ao Luar”, em 1945, e ganhou destaque nacional com “Novelas nada Exemplares”, em 1959. Seu apelido, O Vampiro de Curitiba, refere-se a um livro que publicou no ano de 1965, combinado ao fato de ter sido avesso a fotografias e dificilmente dar entrevistas ou receber visitas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)