Projeto incentiva adoção responsável de bovinos e equinos resgatados nas vias do DF


A adoção de um animal é um gesto de solidariedade e carinho que não acontece somente com cães e gatos. Prova disso é o programa Adote um Animal, da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), uma iniciativa dedicada a resgatar e encontrar lares para animais de grande porte, como cavalos e bois.

Em 2023, foram 252 animais resgatados nas vias públicas do Distrito Federal, dos quais 134 foram doados a novas propriedades. Até junho de 2024, 257 animais foram apreendidos, sendo que 90 conseguiram um novo lar. A subsecretária de Defesa Agropecuária da Seagri, Danielle Araújo, afirma que o projeto garante a segurança e o bem-estar dos bichos resgatados, além de promover a adoção responsável de animais de grande porte e reduzir o número de abandono nas ruas, melhorando a convivência urbana e rural.

Até junho de 2024, 90 equinos e bovinos conseguiram um novo lar por meio do programa Adote um Animal | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

“Recolhemos os bovinos e equinos em vias públicas para evitar acidentes de trânsito e também por questões sanitárias, pois não sabemos a condição em que está esse animal. É importante conscientizar as pessoas para que não deixem o animal solto ou abandonado próximo às vias. Se não há condição de venda, doe para quem precisa ou nos procure. E quem tem condições e interesse em cuidar deles nos procure também, há muitos animais que precisam de um novo lar”, declara.

Como adotar

Atualmente, a Secretaria de Agricultura tem 72 animais apreendidos, dos quais 11 já estão para adoção – seis deles encaminhados ao Adote um Animal. Todos são equídeos (cavalos, mulas e asnos).

O processo é simples e a relação documental completa está disponível no site da pasta. Os dados fornecidos serão checados por servidores e, caso o cadastro seja aprovado, a adoção é autorizada e o adotante terá direito a quatro visitas de extensionistas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) para garantir que o animal esteja recebendo os cuidados adequados em seu novo lar.

Atendimento gratuito

Técnicos da Emater fazem quatro visitas a quem adotar um animal de grande porte para orientar quanto à saúde dos bichos | Foto: Divulgação/ Seagri

Os produtores rurais atendidos pela Emater que acolherem animais de grande porte pelo Adote um Animal terão assistência de técnicos da empresa por 12 meses, de acordo com a necessidade do animal adotado. As quatro visitas nesse período podem ser realizadas por veterinários, zootecnistas ou funcionários que compõem a cadeia de atendimento pecuária, feitas para checar e orientar sobre a saúde e sanidade do animal.

“As visitas podem até ser mais, dependendo da frequência que o produtor precisar. Nessa seca mais marcante do DF, por exemplo, um agrônomo para pastagem pode auxiliar em qual o tipo de volumoso correto para suplementar o animal, o tipo de sal mineral ou ração que vai consumir. Sem contar o acompanhamento diário que a Emater já faz com boa parte desses produtores”, destaca o coordenador do programa de ruminantes e equídeos da Emater-DF, Maximiliano Cardoso.

O zootecnista afirma, ainda, que a maioria dos animais adotados são equinos, muitos usados como ferramenta de trabalho pelos produtores. “Não é porque o animal está solto e largado que ele está bem. Esses animais de grande porte resgatados, além de servir para lazer ou trabalho de campo, ganham um novo lar que dará condições básicas de saúde e manejo. É benéfico para os dois sistemas”, reforça.

A Seagri trabalha junto a outros órgãos do DF no transporte dos animais resgatados até o seu curral, localizado no final da Asa Norte. Um desses trabalhos é a participação em ações da Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal) em ocupações de áreas públicas.

O projeto também possui uma parceria com o Hospital Veterinário da Universidade de Brasília (UnB). Após serem recolhidos, os bichos são testados e passam por quarentena, além de receberem as vacinas obrigatórias. “A pessoa já recebe o animal tratadinho e bonitinho”, explica a subsecretária.

Há um prazo para o dono reclamar o animal que foi apreendido, exceto quando há a identificação de maus-tratos, caso em que o animal não é devolvido ao antigo proprietário. Se o bicho não for reivindicado, ele é encaminhado para o projeto, em que qualquer um pode se inscrever. De acordo com a subsecretária, é comum que associações como hípicas sejam adotantes, para dar uma nova vida aos animais.



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