Reconstrução no RS: ação das Forças Armadas inclui transporte de 18 motobombas de drenagem de água e 100 especialistas em rede elétrica

Após a maior enchente da história do Rio Grande do Sul, Marinha, Exército e Aeronáutica somam esforços na reconstrução das áreas atingidas pelas chuvas. Cerca de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas, sendo que 581.633 ainda permanecem desalojadas. Retomar as atividades cotidianas, facilitar a mobilidade e permitir o acesso a produtos e serviços de primeira necessidade é uma das prioridades do momento. Para ajudar nesta fase, as Forças Armadas já instalaram 10 passarelas de pedestres, transportaram 18 motobombas de drenagem de água e 100 profissionais que atuarão no restabelecimento da energia, além de auxiliar na recuperação de 9 escolas públicas no estado.

 

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“Nesta reconstrução emergencial, estamos tentando restabelecer ligações em locais que foram atingidos pelas águas, com pontes, passadeiras, remoção de escombros, desobstrução de vias. Toda a tropa de engenharia do Rio Grande do Sul já foi empregada e, também, estamos trazendo equipes de outros estados. São várias unidades de engenharia neste projeto de reconstrução”, disse o Comandante da Força Terrestre, General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva.

Entre as diversas frentes de trabalho para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul, a Força Aérea transportou, na manhã desta terça-feira (21), cerca de 100 especialistas em redes subterrâneas de energia elétrica. A equipe é composta por engenheiros, técnicos de campo e de segurança, e eletricistas de duas concessionárias que atuam no Rio de Janeiro. O objetivo é restabelecer o fornecimento de energia elétrica em cerca de 500 quilômetros de rede subterrânea, na região metropolitana de Porto Alegre.

Com o trânsito de carros e de pedestres prejudicado, o que já atinge 47 rodovias no estado, com cerca de 102 trechos bloqueados, o Exército instalou dez passarelas flutuantes para restaurar o fluxo de pedestres. A mais recente foi disponibilizada no último domingo (19), entre as cidades de Marques de Souza e de Travesseiro. Além desta, outras 8 foram disponibilizadas, sendo 3 em Sinimbu, 2 em Arroio do Meio, 1 em Vale Vêneto, 1 em São João Polêsine  e 1 em Candelária. Também uma ponte foi estruturada em Faxinal do Soturno. A iniciativa reconecta comunidades e municípios, e garante acesso a produtos e serviços de primeira necessidade, como saúde e alimentação.

 

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Ainda outras pontes provisórias, com capacidade para até 50 toneladas e que vão restabelecer o trânsito de veículos, seguem em fase de planejamento com apoio das prefeituras locais, concessionárias e iniciativa privada. Uma das propostas deve ligar os municípios de Arroio do Meio a Lajeado. Outras duas estruturas são estudadas em Santa Maria, na RS-287, e entre Caxias do Sul e Nova Petrópolis, na BR-116.

A Marinha empenha esforços na recuperação de nove escolas públicas de ensino Infantil e fundamental da cidade de Guaiba. Uma das principais ações é a retirada de lixo e entulho. A iniciativa abrange a maior escola do município, que atende a 1.700 alunos. Ao todo, nove escolas serão recuperadas. Além dessas ações, cerca de 200 fuzileiros navais, 40 viaturas, equipamentos e materiais são empregados na desobstrução de vias de acesso.

 

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Bombas de drenagem – Para acelerar o processo de drenagem das águas das enchentes, bombas de sucção, também conhecidas como motobombas, são usadas em diferentes pontos do estado, o que deve melhorar o cenário nos próximos dias. Cada equipamento pesa em torno de dez toneladas e tem capacidade para escoar cerca de 1 mil litros por segundo. Com apoio de viaturas do Exército e aeronaves da FAB, já foram transportadas quatro motobombas, de São Paulo para Canoas. Outras catorze estão em deslocamento por rodovias e devem chegar à localidade ainda esta semana.

Operação Taquari II Até o momento, sob coordenação do Ministério da Defesa, 18 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão envolvidos, diretamente, na força-tarefa do Governo Federal para apoiar o Rio Grande do Sul. Desde o início da operação Taquari II, em 30 de abril, já foram resgatados em torno de 70 mil pessoas e 10 mil animais. A ação conta com 330 embarcações (lanchas e botes), 35 aeronaves (aviões e helicópteros) e 5 navios, além de 4.500 viaturas e equipamentos de engenharia.

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