Taxa de transmissão do vírus é de 0,86. Novos casos diários, média móvel, projeção de novos casos e pacientes com infecção ativa também estão em queda
Por Gisella Rodrigues para a Agência Brasília
As medidas de restrição ao horário de funcionamento do comércio adotadas pelo GDF, e o consequente recolhimento da população, se mostram efetivas para o combate à pandemia. A taxa de transmissão da covid-19 no DF vem caindo. O índice se manteve na casa dos 0.90 na semana passada e chegou a 0.86 na última segunda-feira (5). O número de casos diários, a média móvel de caso, a projeção novos casos e os pacientes com infecção ativa também estão em queda nos últimos dias.
A novidade foi anunciada em coletiva de imprensa dada pelo secretário de Saúde, Osnei Okumoto, e pelo secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha. A taxa de transmissão está muito próxima à taxa do final do ano passado e a dos primeiros meses de 2021, que era de 0.83. Na fase mais crítica da pandemia, em março deste ano, ela chegou a 1.38, ressalta Gustavo Rocha. “É reflexo das medidas tomadas ao longo do último mês que a gente começa a sentir os efeitos agora”, diz o chefe da Casa Civil.
“A gente sempre procura abrir novos leitos para atender nossos pacientes. Mas todos que estão internados estão assistidos, ou com suporte de oxigênio nas enfermarias ou com ventilação mecânica nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs)”Osnei Okumoto, secretário de Saúde
Segundo ele, outros dados importantes para a análise da propagação do coronavírus apresentaram melhora significativa. Como o número de casos diários, que caiu de 1.388 para 904; e a média de casos, que diminuiu de 1.565 para 1.279. “A projeção de casos também vem caindo. Chegou a 14,5 mil e agora está em 14,1 mil. E a quantidade de casos ativos, pessoas que podem transmitir o coronavírus, era em torno de 15 mil quando começamos a dar essas coletivas e hoje está em 12.979”, detalhou.
Toque de recolher mantido
Apesar da queda das taxas, o toque de recolher das 22h às 5h continua em vigor por tempo indeterminado. “É importante acompanhar nos próximos dias para ver se as taxas se estabilizam. As medidas foram exitosas e a gente pode ir retomando a normalidade com mais rapidez”, justifica Gustavo Rocha. “E é importante que as pessoas continuem mantendo as medidas de segurança, como evitar aglomeração, usar máscara e álcool gel”, completa.
O secretário de Saúde Osnei Okumoto afirma que, com a queda dos índices, o governo espera que a fila de pessoas à espera de um leito de UTI também reduza nos próximos dias. Ele ressaltou que a Secretaria de Saúde abriu 59 leitos em fevereiro, a maioria de UTIs; 539 em março, entre leitos de enfermaria e UTIs; e que vai entregar 84 leitos nos próximos 15 dias, além dos hospitais de campanha – desde segunda-feira, foram entregues oito leitos.
“A gente sempre procura abrir novos leitos para atender nossos pacientes. Mas todos que estão internados estão assistidos, ou com suporte de oxigênio nas enfermarias ou com ventilação mecânica nas Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs)”, ressalta. A Secretaria de Saúde espera receber 175 respiradores do Ministério da Saúde.
Doação de sangue
Durante a coletiva, Gustavo Rocha também pediu doação de sangue para repor os estoques do Hemocentro, em especial o B negativo.
A pandemia alterou o atendimento no Hemocentro. Para evitar aglomerações, doadores devem agendar atendimento por meio do site agenda.df.gov.br ou pelo telefone 160, opção 2. Para doar sangue, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 51 kg e estar saudável. Quem passou por cirurgia, exame endoscópico ou adoeceu recentemente tem a recomendação de consultar o site do Hemocentro para saber se está apto a doar sangue.
O atendimento a doadores segue de segunda a sábado, das 7h às 18h.