A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap) confirmou nesta segunda-feira (7) o primeiro caso de mucormicose em uma mulher que já teve a Covid-19. As informações são do portal G1.
A paciente tem 42 anos e reside em Natal. O fungo foi confirmado através de uma biopsia e atualmente ela está internada para tratamento.
A mesma infecção foi confirmada em uma mulher de 59 anos em Pernambuco, também nesta segunda-feira (7). Ela está internada desde a sexta-feira (4) no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, e teve Covid-19 em março.
Já em maio, a infecção foi confirmada em um paciente falecido de Manaus, no Amazonas. Ele tinha histórico de diabetes tipo 2, e era usuário de insulina.
FATORES DE RISCO
Especialistas acreditam que a diminuição da imunidade pode desencadear casos de mucormicose. O quadro mata mais de 50% dos acometidos e muitos precisam passar por cirurgias para retirar partes do corpo afetadas.
Ouvido pelo programa Bem Estar, da Rede Globo, o infectologista Daniel Wagner Santos explica que, em muitos casos, o fungo pode apenas colonizar o indivíduo, sem causar problemas. No entanto, em uma pessoa doente e com as imunidades baixas, como os acometidos com a Covid-19, a invasão do patógeno pode ser grave.
Ele explica, ainda, que a contaminação ocorre pelas vias respiratórias, atingindo nariz, seios da face, faringe e pulmão.
SINTOMAS
“Maioria das vezes o quadro é como uma rinossinusite, uma renite, ou uma sinusite, que inicialmente é interpretada como viral, obstrução nasal, coriza e aquilo finalmente não vai se resolvendo como dever se resolver de forma espontânea e vai progredindo, causando dor na região nasal e no rosto”, diz.
Como consequência de um agravo do caso, acrescenta o médico, o paciente pode apresentar um edema. “Em casos mais graves aquilo pode progredir para região ocular, causando uma propulsão do olho, e em casos piores pode progredir para o cérebro e finalmente para as partes mais baixas, sendo representadas pelos pulmões”, explica.