Sabe o que aconteceu com o delegado que indiciou família por “injúria” contra Alexandre de Moraes?

Thiago Severo de Rezende foi ‘promovido’ e ganhou cargo na Europa

O delegado da Polícia Federal (PF), Thiago Severo de Rezende, que indiciou a família envolvida em uma discussão com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto de Roma, foi recentemente promovido. Em 16 de maio, ele foi designado para exercer um cargo de prestígio na Europa, conforme uma portaria assinada pelo diretor-geral da corporação, Andrei Rodrigues.

Rezende foi nomeado oficial de ligação junto à Agência da União Europeia para a Cooperação Policial (Europol) em Haia, na Holanda, por um período de dois anos. Essa promoção ocorreu pouco antes de ele reverter a decisão de outro delegado e indiciar a família por calúnia contra Moraes, levantando suspeitas sobre a legalidade e a motivação por trás do inquérito.

Mudança na Investigação sobre Moraes

Inicialmente, em fevereiro, a PF havia concluído as investigações sobre a discussão no Aeroporto de Roma. O então delegado Hiroshi de Araújo Sakaki não indiciou nenhum dos envolvidos: o empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa Andreia Mantovani, e o genro Alex Zanatta. A investigação concluiu que o filho de Moraes, Alexandre Barci de Moraes, foi vítima de injúria, mas considerou a conduta um “crime de menor potencial ofensivo”.

Em março, o ministro Dias Toffoli, relator do caso, solicitou a reabertura do inquérito atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que discordou do parecer inicial da PF. A PGR alegou haver “elementos de convicção” sobre a gravidade dos atos de hostilidade.

Um relatório posterior da PF sugeriu que Roberto Mantovani teria “batido as costas da mão direita” no rosto do filho de Moraes, sem causar queda dos óculos do jovem. A família Mantovani, no entanto, afirmou que foi o filho do ministro quem iniciou a briga.

Na nova decisão, o delegado Thiago Severo de Rezende decidiu pelo indiciamento da família Mantovani. Rezende destacou que tem autonomia para analisar as provas independentemente de opiniões políticas. Roberto Mantovani, sua esposa e o genro foram indiciados por calúnia, com pena de detenção de 6 meses a 2 anos, possivelmente aumentada por se tratar de um funcionário público em exercício de suas funções.

A defesa da família Mantovani criticou duramente o indiciamento, chamando-o de “lamentável” e “uma verdadeira montagem sem substrato legal”, destinada a prejudicar a família em favor de Alexandre de Moraes.

“O indiciamento é surpreendente e preocupante, pois a Polícia Federal havia anteriormente opinado pelo arquivamento das investigações. Essa mudança drástica ocorreu sem a apresentação de novas provas,” afirmou o advogado Ralph Tórtima.

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