Wanderley Tavares, Bia Kicis e Paulo Octávio articulam posição estratégica em uma complexa partida política liderada pelo governador Ibaneis Rocha
A disputa pela segunda vaga ao Senado na chapa de Ibaneis Rocha se configura como uma batalha estratégica que pode ser comparada a um jogo de xadrez, onde cada movimento deve ser calculado com precisão para assegurar uma vantagem competitiva.
Ibaneis Rocha, o atual governador do Distrito Federal, se posiciona como o “rei” neste jogo de xadrez. Ele tem a vantagem de neutralizar a oposição e de conseguir apoio tanto de setores conservadores quanto da esquerda, o que lhe confere uma posição de força e centralidade no tabuleiro político do DF. Sua capacidade de agregar diversas forças políticas torna sua chapa um ponto de atração para candidatos ao Senado em 2026, que veem nele a melhor oportunidade para alavancar suas chances eleitorais.
Wanderley Tavares, presidente do Republicanos-DF, pode ser visto como o “cavalo” no jogo de xadrez. O cavalo é uma peça que se move de forma não convencional, surpreendendo os adversários. Tavares é um exímio estrategista, como demonstrado em eleições anteriores, quando conseguiu eleger uma senadora por seu partido contra figuras políticas tradicionais do DF. Seu partido possui uma base significativa com três deputados federais, uma senadora e um deputado distrital, conferindo-lhe um poder de negociação considerável. Sua habilidade política e o apoio partidário forte fazem dele um candidato, capaz de movimentações inesperadas e eficazes, talvez até surpreender com a indicação do seu irmão, o pastor Egmar Tavares da ADEG.
Bia Kicis, deputada federal e presidente do PL-DF, representa a “torre” no tabuleiro. A torre é uma peça poderosa, que se move em linha reta e é difícil de deter quando em uma posição forte. Bolsonarista raiz, Kicis sabe da força de seu partido no DF, que conta com dois deputados federais, quatro distritais e recentemente ganhou o senador Izalci, aumentando ainda mais sua influência. Sua aspiração ao Senado é bem conhecida, e sua posição no PL lhe dá um alcance significativo e a capacidade de mobilizar uma base de apoio substancial. A força institucional do PL e sua própria influência tornam Kicis uma candidata muito competitiva.
Paulo Octávio, presidente do PSD-DF, assume o papel da “rainha”, a peça mais versátil e poderosa do jogo de xadrez. Ele possui um fundo especial de campanha considerável e está promovendo a popularidade de seu filho, André Kubitschek, bisneto de Juscelino Kubitschek. Além disso, PO conta com o apoio significativo do setor empresarial do DF e sua vasta experiência política. Sua flexibilidade e recursos financeiros lhe permitem uma ampla gama de movimentos e estratégias. Se não conseguir a vaga ao Senado, ele pode usar suas habilidades para formar uma aliança forte para futuras eleições, incluindo uma possível candidatura ao governo do DF.
No tabuleiro político do DF, Ibaneis Rocha é o centro de gravidade, ao redor do qual os outros candidatos devem alinhar suas estratégias. Wanderley Tavares, com sua habilidade estratégica e base partidária forte, se posiciona como um candidato com movimentos imprevisíveis e impactantes. Bia Kicis, com sua força partidária e influência, é uma candidata robusta e direta, capaz de avançar com poder e precisão. Paulo Octávio, com sua versatilidade e recursos, tem a capacidade de se mover em várias direções, adaptando-se e explorando oportunidades conforme elas surgem.
Assim, a disputa pela segunda vaga ao Senado na chapa de Ibaneis Rocha é uma complexa partida de xadrez, onde cada movimento será crucial para determinar o vencedor final para disputar lado a lado do atual chefe do executivo local que vai concorrer ao Senado em 2026.
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