O Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (16), um voto de solidariedade aos alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima, vítimas de insultos raciais durante uma partida de futsal contra o Colégio Galois
A iniciativa foi liderada pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que destacou a urgência de as escolas e instituições de ensino implantarem programas e ações contínuas de promoção da igualdade e de combate ao racismo.
“Devemos garantir que este episódio se torne um ponto de virada, um momento de aprendizado coletivo. Não podemos ficar de braços cruzados diante de episódios tão vergonhosos. É necessário que as escolas, os pais e as entidades educacionais repensem urgentemente seus papéis na formação das crianças para exercerem a cidadania”, disse a parlamentar.
Leila alertou os senadores para possíveis falhas sistêmicas na abordagem do racismo dentro do ambiente escolar, mais especificamente na aplicação da Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas. “É essencial que sejam tomadas medidas concretas para investigar as alegações, responsabilizar os envolvidos e implementar políticas e programas que promovam a diversidade, a equidade e a educação antirracista dentro da instituição em questão e nas escolas brasileiras em todo país”, ponderou.
O voto de solidariedade do Senado reafirma o compromisso do Poder Legislativo com a promoção de um ambiente escolar seguro e inclusivo para todos os alunos, independentemente de sua origem social ou étnica.
Acompanhada de representantes do Ministério do Esporte, a senadora Leila visitou os alunos da Escola Nossa Senhora de Fátima. Ela trocou experiências com os jovens atletas e parabenizou o colégio pela atitude de denunciar o caso de racismo e acolher os meninos da equipe de Futsal que foram ofendidos.
Histórico
Durante uma partida de futsal no início deste mês, alunos da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima foram alvo de insultos raciais e sociais proferidos por estudantes do Colégio Galois, também da capital federal. As ofensas incluíram termos como “macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”, conforme relatado pela instituição ofendida. O caso ocorreu durante a Liga das Escolas.
Por outro lado, o Colégio Galois reconheceu a seriedade das acusações e expressou solidariedade aos alunos e à comunidade da Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima. A diretoria informou ainda que estava identificando os autores das agressões para estabelecer punições.
O Ministério do Esporte emitiu nota oficial condenando os atos de racismo registrados durante a partida de futsal. O comunicado cita a indignação e a tristeza causadas por relatos de insultos racistas direcionados a jovens atletas. Por fim, a pasta anunciou que, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, instituiu um grupo de trabalho de combate ao racismo com o intuito de lançar o Plano Nacional Esporte sem Racismo.
Fonte: Ascom_Senadora_Leila_Barros