Paula Belmonte (Cid) tem despontado em seu mandato, Flávia Arruda (PL) mais ainda, Ericka Kokay pode ser a aposta do PT e Damaris está procurando partido
Por Helio Rosa
Se o partido do Bolsonaro, o Aliança, for registrado, muita coisa pode mudar. Bia Kicis (PSL-DF) que tentará reeleição à Deputada Federal, pode aproveitar sua proximidade com o Presidente da República e migrar para uma candidatura ao Senado, aí tira do páreo a deputada Paula Belmonte, esposa do vice-Presidente do Aliança, Felipe Belmonte.
Flávia Arruda pode ocupar a vaga, ela cresceu muito e, agora como Presidente da Comissão Mista de Orçamento e Finanças do Congresso, sua performance só melhora. Flávia tem independência e está conquistando seu espaço político, principalmente, se focar nos recursos para a imunização e o auxílio emergencial, além do combate à violência doméstica, o cuidado com a primeira infância e a criação de empregos.
Também tem o ex-deputado Alberto Fraga (DEM), que tudo indica que vem à Deputado Federal, mas se Bolsonaro se engraçar pro lado dele, a amizade que os dois têm pode culminar em um apoio mais arrojado para majoritária do Senado ou do Governo do Distrito Federal.
Se Reguffe (Pode-DF) se decidir vir ao Senado, talvez mude todas essas pretensões, por que apesar de se encontrar muito bem posicionado nas pesquisas tanto para governador quanto para senador, ele ainda não se definiu, e quando isso acontecer, acredito que muitos não se arriscariam a enfrentá-lo para o Senado. Quando se pergunta a quê Reguffe disputará em 2.022, a resposta dele é que pode sair à Presidente, Governador, Senador ou até mesmo a nada. Que por enquanto o quê quer mesmo é continuar seguindo o seu trabalho parlamentar e cumprir para com o quê foi eleito e representar a nova política.
O quê ainda pode mudar é se acontecer de Ibaneis concorrer ao Senado ou à Vice-Presidente, segundo algumas informações, o governador disse recentemente que dependendo do cenário, talvez não dispute à reeleição. Com isso, abre uma grande possibilidade de Flávia Arruda disputar o GDF com grandes chances de ser eleita no primeiro turno, assim como aconteceu com o Arruda em 2.006, pois conseguirá fazer uma grande coalizão partidária.
Mas se o PT resolver lançar o nome de Ericka Kokay para o Senado? Isso pode ser uma tentativa de fortalecimento do partido com uma chapa puro-sangue ao GDF, já que Lula pediu que apoiassem Haddad para Presidente da República.
E a Ministra Damaris? A Ministra tem feito um excelente trabalho na defesa dos reais direitos humanos, seu destaque é notório. Não vai faltar partido para ela. Talvez o que pode faltar é apoio dentro de uma aliança majoritária, por que cada grande partido tem seu nome de projeção.
E Cristovam Buarque (Cid) retorna? Há uma grande tendência de acompanhar o senador Izalcy (PSDB), que ensaia uma candidatura ao GDF. Ficará difícil o ex-senador conquistar um apoio em alguma majoritária significativa, até por que seu partido Cidadania (antigo PPS) já possui nomes de peso, como a deputada federal Paula Belmonte, se caso ela não mudar de partido. Assim, forçará Cristovam buscar outro partido que não tenha candidato ao Senado Federal, afinal não é dispensável os 317.778 de votos (12,06% dos válidos) que obteve na última eleição.
Enfim, o jogo vai clareando. Lembrando que nossas análises são baseadas em tendências partidárias das escolhas dos candidatos em toda a minha vida política de mais de 30 anos, pode ser que erremos, se isso ocorrer, será por pouco!