Senadora Leila do Vôlei propõe debate no Senado sobre condições de trabalho dos entregadores de aplicativos

Para a senadora Leila Barros, motoristas e motofretistas enfrentam desafios como remuneração jnadequada, falta de benefícios e insegurança no trabalho | Crédito: Saulo Cruz / Agência Senado

A greve nacional dos entregadores de aplicativos, conhecida como “Breque dos Apps”, realizada em 1º de abril, teve um desdobramento importante no Senado Federal

A senadora Leila Barros (PDT-DF), conhecida como Leila do Vôlei, solicitou uma audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) para discutir as reivindicações da categoria, que pede melhores condições de trabalho e reajustes nas tarifas pagas pelas plataformas digitais.

Os entregadores exigem uma taxa mínima de R$ 10 por corrida, aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, limitação da distância de atuação das bicicletas a 3 km e remuneração adicional para entregas agrupadas. O movimento ganhou destaque nacional e reforçou a necessidade de regulamentação do setor.

A senadora Leila do Vôlei ressaltou a importância do tema e a necessidade de um debate amplo entre todas as partes envolvidas. “A gente teve uma paralisação do setor; os mototaxistas e motofretistas são fundamentais para o nosso dia a dia, para trazer um medicamento, um alimento, e, realmente, a gente tem que debater. Acontece um acidente, ele simplesmente não tem nenhum direito garantido. Enfim, temos o dever dentro dessa Casa de acolhê-los, ouvi-los e, claro, chamar o governo e os representantes das plataformas para abrir o diálogo sobre tudo que envolve esse setor tão importante para a nossa sociedade”, afirmou a parlamentar.

Ainda sem data definida, a audiência pública será um momento crucial para que entregadores, representantes das plataformas digitais e o governo possam debater soluções para a precarização do trabalho no setor.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em 2023, o Brasil contava com cerca de 1,5 milhão de entregadores de comida e produtos ou motoristas de aplicativo. Um estudo do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento revelou ainda que aproximadamente 68% desses trabalhadores são negros e 40% têm menos de 30 anos.

A iniciativa da senadora Leila Barros reforça a necessidade de dar voz aos entregadores e buscar soluções para um setor que se tornou essencial na rotina dos brasileiros, especialmente após a pandemia da Covid-19. O debate promete ser um passo importante na busca por melhores condições de trabalho e maior proteção para esses profissionais.

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