A mudança pelo fortalecimento da sociedade civil
Estamos começando mais uma década e, entre uma e outra, seguimos à espera de mudanças que nos faça crescer e ser mais felizes. Desde a eleição de 2018, temos vivido um processo de renovação política, tanto no Distrito Federal quanto nos demais estados do país, ainda que a passos lentos. O caminho para consolidar a mudança é estimular a participação da sociedade civil.
Em Brasília, renovamos 17 dos 24 deputados distritais e, passado o primeiro ano de mandato, observamos que o processo de renovação esperado pela sociedade ainda tem muito o que ser aprimorado.
A política feita à base da ‘troca de favores’ possui raízes históricas, independente de ‘caras novas’ que aqui e acolá conseguem ser eleitas e vencer o sistema, quando percebemos que o corporativismo ainda tem muito espaço no nosso ‘quadradinho’. E aí nos vem a pergunta: o quanto mudamos?
Avalio que esse processo começou por onde realmente era preciso para ser vitorioso, pela população. Mas essa mudança exige ampla participação de toda sociedade para que seja institucional e, principalmente, cultural.
É fundamental que haja sempre o acompanhamento e a participação popular no processo político, para que todos os governantes possam se manter atentos e próximos ao interesse coletivo.
Como deputada de primeiro mandato, tenho sentido na pele o peso do corporativismo toda vez que defendo a redução dos gastos públicos e a revogação de leis ineficientes que atrapalham o desenvolvimento e a geração de emprego, por exemplo.
Infelizmente, vejo também que muitas pessoas ainda nos procuram apenas para obter vantagens pessoais e poucos são os que lutam por causas coletivas e pela melhoria da qualidade de vida na sua cidade.
Para isso, nada melhor do que estimularmos a política de vizinhança tão bem conduzida por cada um dos pioneiros que construíram e ajudaram a consolidar Brasília como “Capital da Esperança”, como nossa cidade era carinhosamente chamada pelos candangos pioneiros.
Precisamos reativar as prefeituras comunitárias e dar condições para que elas e associações de moradores, conselhos comunitários e demais entidades da sociedade civil organizada tenham espaço na discussão dos rumos da cidade. Também para manter sob vigilância e pressão todos aqueles que trabalham para o povo, seja políticos ou servidores.
“Fico feliz em ver que há pessoas se mobilizando por causas coletivas e que estimulam o desenvolvimento do DF, se dedicando de forma voluntária às prefeituras, Conselhos e Associações representativas da sociedade civil, a exemplo do que vem fazendo o Conselho de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno e tantos outros, que lutam por um DF melhor e sem a política do “toma lá dá cá”.”
Eu tenho vontade de fazer a diferença e ajudar a resgatar essa vocação de “Capital da Esperança” que Brasília sempre teve. Todos aqueles que tenham a mesma vontade sempre terão minha total dedicação. Seguirei esperançosa de que a mudança que desejamos é possível, graças a garra de todos brasilienses de bem que esperam um Estado mais barato e eficiente.
Por Julia Lucy/Distrital CLDF
Júlia Lucy é cientista política pela Universidade de Brasília, servidora pública do Conselho Nacional de Justiça (licenciada para o exercício do mandato) e deputada distrital, atual Procuradora da Mulher da CLDF.
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