Maior parque da região de Taguatinga terá investimento de R$ 15 milhões para reformas que acontecem até o final de 2022
Bem que as grandes nuvens da manhã meio cinza de domingo (17) de Páscoa tentaram ofuscar o brilho do sol, mas foi em vão. Logo, lá estava ele para alegrar o passeio, as brincadeiras e o lazer de quem escolheu o feriado para ir ao Taguaparque. Crianças, idosos, casais e famílias inteiras prestigiavam o local que é a maior área pública de lazer de Taguatinga. Ao todo, cerca de 10 mil pessoas visitam a área durante a semana, 20 mil só nos finais de semana.
“Adoro ver este parque entupido de gente, como fica nos fins de semana, é um lugar maravilhoso, agradável, gostoso de passear”, diz, empolgada, a aposentada Maria do Carmo Oliveira, 61 anos. “Eu corro aqui três vezes por semana e venho no fim de semana com o meu neto. O Taguaparque é isso, já faz parte da rotina de muitos moradores não só de Taguatinga, mais de cidades próximas como Águas Lindas, Ceilândia e Vicente Pires”, observa.
“O Taguaparque é o orgulho da população de Taguatinga. Um local seguro para atividades esportivas e de lazer e vamos trabalhar para que ele seja recuperado para toda a população”Ezequias Pereira, administrador de Taguatinga
É o que fez o casal de Ceilândia Luiz Fernando, 32 anos, e Layane Kelly, 31 – ele ladrilheiro, ela servidora pública – ambos pela primeira vez no local. Vieram acompanhados da pequena Laura, de 1 aninho apenas, e aproveitaram para tirar fotos na cascata do parque.
“Ceilândia não tem parques amplos como este. Como fica a apenas a 10 minutos de casa, resolvemos vir. É seguro e arejado”, conta Luiz. “É importante voltar a socializar agora que a pandemia amenizou. É legal aqui, tem várias opções de lazer”, emenda Layane Kelly.
Localizado ao longo do Pistão Norte, o Taguaparque, aberto todos os dias, 24 horas, tem 89 hectares – equivalente a 107 gramados de futebol – e atrativos como pista de cooper, motocross, ciclovias, quadras esportivas, aparelhos de musculação, circuito de ginásticas, churrasqueiras e novidades, como a Vila da Criança.
Ainda em fase inicial, o projeto, lançado em março deste ano, visa promover a inclusão social, com a criação de um espaço com brinquedos adaptáveis, fortalecendo o convívio com crianças portadoras de necessidades especiais. Os primeiros equipamentos lúdicos já foram instalados numa parceria com a iniciativa privada.
Cerca de 10 mil pessoas visitam o Taguaparque durante a semana, 20 mil só nos finais de semana
Totalmente inclusivo, a Vila da Criança está inserida num projeto mais amplo do GDF, que é a reforma geral do parque até o final de 2022, somando um investimento de R$ 15 milhões. Os recursos vêm de emendas parlamentares. O objetivo é preencher a extensão do Taguaparque com mais quadras poliesportivas, pontos de encontro comunitários (PECs) e quadras de futevôlei.
Point de confraternização
Pai de dois guris, um de 5 e outro de 3 anos, o analista de sistemas Marcelo Santos, 37, elogiou a ideia da Vila da Criança. “Supernecessária e bem-vinda essa iniciativa. Vai motivar a crianças a saírem de casa e a se integrarem com a comunidade. Esta é a função de um parque, não é verdade?”, avalia.
“O Taguaparque é o orgulho da população de Taguatinga. Um local seguro para atividades esportivas e de lazer e vamos trabalhar para que ele seja recuperado para toda a população”, destaca o administrador regional de Taguatinga, Ezequias Pereira.
Algumas intervenções já foram feitas, como nova iluminação com luzes de LED para o campo sintético e reforma da tradicional cascata, point preferido para fotos dos visitantes, com sua ponte em estilo japonesa. O parquinho de madeira também foi revitalizado.
“Vou fazer nove anos de casada e, desde que eu e o meu marido começamos a namorar, visitamos este parque. É um lugar agradável para vários tipos de programas em família, se tornou um lugar de reencontro”, revela a dona de casa, Farida Almeida, 43 anos. “O aniversário da minha filha de 8 anos fizemos aqui, agora o do meu sobrinho. É uma tradição na família, o Taguaparque é nosso point de confraternização”, enfatiza, Karida Almeida, 48 anos.
Fonte: Agência Brasília