O percentual de participação do terceiro setor, no PIB de 2022, corresponde a mais de R$ 423 bilhões
De acordo com uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), coordenada pela Sitawi Finanças do Bem e publicada pelo jornal Valor, o terceiro setor no Brasil, formado por fundações filantrópicas e organizações sociais sem fins lucrativos, representa 4,27% do Produto Interno Bruto (PIB) e 5,88% dos postos de trabalho remunerados, diretos e indiretos.
Este é o primeiro estudo a analisar a importância econômica do terceiro setor no país e avaliar seu impacto em quatro áreas: educação, saúde, atividades artísticas e outras organizações associativas. As organizações de outras associações geram a maioria dos empregos (2,81%), seguidas pela área de saúde (1,81%), educação (0,85%) e atividades artísticas (0,45%).
O estudo é visto como um fundamento importante para apoiar discussões com o setor público e eventuais propostas de políticas públicas de maior impacto econômico. Se aplicado o percentual de participação no PIB no ano de 2022, o terceiro setor corresponderia a mais de R$ 423 bilhões, um valor maior do que a contribuição ao PIB do setor automotivo.
Os Estados com o maior número de postos remunerados no terceiro setor são São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com cerca de 1,8 milhão, 760 mil e 589 mil empregos, respectivamente.
Apesar dos resultados positivos, é necessário que o setor amplie o volume de investimentos e haja um fomento a uma cultura de doação que também parta de políticas públicas, para atrair e facilitar os investimentos direcionados ao setor. O estudo da FIPE serve para dar mais visibilidade à relevância do terceiro setor e permite aos tomadores de decisão atuarem de forma mais consciente e transparente.
O CEO e fundador da Sitawi, Leonardo Letelier, afirma que é provável que o número de postos de trabalho hoje gerados pelas organizações sociais seja bem maior do que seis milhões, apurados no estudo, devido ao aumento do número de organizações sociais e a crises econômicas e pandemias que impulsionaram as atividades filantrópicas e seu impacto na economia.
Com informações do Valor Econômico