UPA de Sobradinho II enfrenta nova onda de denuncias por falta de médicos e atendimento precário

Moradores relatam plantão sem médicos na UPA 24h de Sobradinho II 

No fim da tarde de 26 de dezembro de 2025, por volta das 19h30, moradores de Sobradinho II (DF) registraram e compartilharam nas redes sociais um vídeo intitulado “Sobradinho 2 Depressão” relatando que nenhum médico estava presente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local naquele plantão — deixando pacientes sem atendimento emergencial e provocando revolta na comunidade nas vésperas do feriado de Natal.

A UPA de Sobradinho, que atende também Sobradinho II e regiões vizinhas, foi inaugurada em 11 de setembro de 2014, como parte da rede de urgência e emergência do Sistema Único de Saúde (SUS) no Distrito Federal. A unidade é classificada como Porte III, com capacidade instalada para até 10.125 atendimentos por mês, incluindo atendimento clínico, pediátrico e observação emergencial.

A estrutura da UPA inclui salas de estabilização e observação, áreas para medicação e classificação de risco, e consultórios para primeiros atendimentos, operando 24 horas por dia, sete dias por semana.

Apesar da capacidade técnica e da promessa de atendimento contínuo, moradores e usuários da saúde pública têm repetidamente denunciado falta de médicos e atendimento insuficiente na unidade, inclusive em publicações nas redes sociais e reclamações comunitárias. Em vídeos e posts recentes, vários pacientes afirmam que a UPA chegou a ficar sem médicos plantonistas em momentos críticos, gerando revolta e insegurança entre quem buscava socorro.

Especialistas e relatos antigos apontam que essa não é uma ocorrência isolada. Em anos anteriores, sindicatos e profissionais da saúde denunciaram escala insuficiente de médicos na UPA de Sobradinho II, com equipes aquém das necessidades para uma unidade de grande porte — muitas vezes com apenas dois ou três médicos para cobrir turnos inteiros. Sindmédico DF

Além da carência de profissionais, outras queixas contra a UPA circulam entre pacientes e familiares, incluindo casos de mau atendimento ou condições de acolhimento consideradas inadequadas. Reportagens recentes apontam reclamações de familiares de pacientes em estado grave e questionamentos sobre condutas médicas no local.

A gestão da unidade é atualmente feita pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que administra várias UPAs da capital federal desde 2019. Em eventos comemorativos anteriores, o órgão enfatizou o volume de atendimentos realizados e a abrangência da UPA como referência regional em urgência e emergência de saúde.

Especialistas em saúde pública costumam advertir que crises de atendimento em unidades como essa refletem não apenas faltas pontuais de profissionais, mas também gargalos estruturais mais amplos, como dificuldade de contratação, gestão de escalas e pressão por demanda acima da capacidade instalada.

A UPA de Sobradinho II segue sob monitoramento de pacientes e moradores, que cobram respostas das autoridades sanitárias do DF e reforço imediato de profissionais de saúde, especialmente em períodos de maior movimento e sobrecarga de emergências.

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