Vacina da Oxford-Fiocruz é segura, afirma CTNBio

O secretário de Pesquisa e Formação Ciêntifica do MCTI, Marcelo Morales, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, e o presidente da Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio) Paulo Augusto Vianna Barroso e o durante coletiva sobre a liberação comercial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Fiocruz e pela AstraZeneca.

Anvisa deve decidir neste domingo uso emergencial do imunizante

Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil

A Comissão Técnica Nacional em Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência e Tecnologia, afirmou hoje (15) que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) é segura. Por lei, cabe ao colegiado emitir parecer sobre a segurança de organismos geneticamente modificados (OGMs), como é o caso do imunizante.

A avaliação é uma etapa protocolar e não diz respeito ao uso e liberação comercial da vacina.

Pela legislação, nesse caso específico, a decisão sobre o uso comercial cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja diretoria colegiada reúne-se no próximo domingo (17) para deliberar sobre a liberação do uso emergencial do imunizante.

A Lei de Biossegurança diz que cabe à CTNBio prestar apoio técnico consultivo ao governo federal em questões de biossegurança. Entre outras funções, o colegiado analisa estudos com OGMs no Brasil, que podem ser plantas transgênicas, vacinas (tanto para humanos quanto para animais), células humanas ou micro-organismos.

Os pareceres técnicos são encaminhados a diferentes órgãos, como a Anvisa, ministérios da Agricultura, Pecuária e Pesca e do Meio Ambiente, ente outros, sempre que houver uso de um OGM.

Marcos Pontes, ministro do MCTI, durante coletiva sobre a liberação comercial da vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Fiocruz e pela AstraZeneca.
O ministro Marcos Pontes, em entrevista sobre a vacina contra covid-19 desenvolvida pela Fiocruz e pela AstraZeneca. – Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No caso da vacina de Oxford, usa-se a tecnologia conhecida como vetor viral geneticamente modificado, que utiliza um vírus de resfriado retirado de um chimpanzé, em uma versão enfraquecida de um adenovírus. A esse adenovírus é adicionado o material genético da proteína spike do novo coronavírus (SARS-CoV-2) , induzindo à formação de anticorpos.

“Nós não fazemos o registro do produto, que é atribuição exclusiva da Anvisa. Fazemos uma avaliação, remetemos o parecer para a Anvisa, e a Anvisa acresce isso ao processo dela”, explicou o presidente da CTNBio, Paulo Barroso, durante a entrevista coletiva em que foi apresentada a avaliação do colegiado.

Barroso disse que o colegiado analisou somente a segurança do OGM utilizado na vacina para uso em larga escala na população e ressaltou que a decisão não diz respeito à liberação comercial da vacina.

“Este [liberação comercial] é o nome que ficou na lei, e este nome não é muito adequado. O adequado é: fizemos uma avaliação de segurança e consideramos a vacina adequada, sob o ponto de vista de segurança, para o uso em larga escala na população”, afirmou Barroso.

Questões de importação, distribuição, venda não são “da seara” da CTNBio, disse o presidente do colegiado. “A gente avalia se o transgênico é bom ou ruim, sob o ponto de vista de segurança. O resto é a Anvisa.”

“Hoje nós nos unimos em torno desse tema comum, que é vencer o vírus. Eu agradeço a dedicação dos conselheiros da CTNBio em obter resultados efetivos, precisos e rápidos. Em um tempo muito curto, eles puderam analisar todos os aspectos e dar uma resposta efetiva. A ciência é a única arma que temos para vencer o vírus. Confiem na ciência do Brasil, nos nossos cientistas”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes.

Matéria atualizada às 19h15 para acréscimo de informações e fotos

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