Quando se trata de levar os amigos de quatro patas para um passeio de carro, a empolgação é grande entre os tutores e os bichinhos. No entanto, é preciso redobrar os cuidados e a atenção com a segurança dos pets para que o momento de alegria não se transforme em uma dor de cabeça.
A Resolução n.º 791/2020 do Departamento de Trânsito (Detran-DF) enfatiza que o transporte de animais deve priorizar o bem-estar e a segurança, evitando riscos para todos os ocupantes do veículo. Mesmo com a determinação, muitos pets ainda são vistos soltos no carro ou com a cabeça para fora da janela. A prática, além de gerar agitação e sofrimento desnecessário para os animais, também pode resultar em infrações de trânsito.
Riscos
227
Número de infrações ao artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro, relacionado ao transporte de animais, registradas nos nove primeiros meses deste ano
“Em hipótese alguma o animal deve ser transportado solto”, enfatiza a diretora de Educação de Trânsito do Detran, Ana Moreira. “Às vezes, o tutor acha que está fazendo um bem para o animal levando-o embaixo do banco, mas é muito perigoso, colocando em risco a sua vida e a do animal, além de ser uma infração de trânsito.”
Dados do Detran-DF apontam que as ocorrências envolvendo transporte inadequado de animais têm crescido no DF. Entre 2019 e setembro deste ano, o departamento registrou 1.814 infrações ao artigo 252 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sendo 227 contabilizadas apenas nos nove primeiros meses de 2024.
A norma do CTB classifica como infração média a prática de dirigir com animais ou objetos entre os braços e pernas, resultando em multa de R$ 130,16 e quatro pontos na carteira de habilitação.
Dicas
Para garantir uma viagem tranquila, uma das orientações é não deixá-los soltos nem no banco dianteiro, nem no traseiro, muito menos no colo do motorista.
Em caso de uso de caminhonetes, o animal nunca deve ser transportado solto na caçamba. “Lembrando que é expressamente proibido o transporte de animal em motocicletas, em qualquer circunstância”, adverte a diretora do Detran.
Segundo a servidora, uma alternativa é utilizar caixas de transporte adequadas ao tamanho do animal ou transportar o bicho preso a cintos de segurança para uso exclusivo de pets e que podem ser acoplados ao cinto do carro. Para animais menores, as bolsas de transporte são uma boa opção. Elas devem ser mantidas no banco traseiro e presas.
Em viagens longas, o recomendado é fazer paradas regulares para que o bichinho possa se esticar, se hidratar e fazer suas necessidades. O tutor deve se certificar a todo momento de que o pet esteja confortável e fresco.