Deputado federal critica duramente o ministro do STF, acusando-o de atacar a liberdade de expressão com medidas autoritárias
Nesta sexta-feira (30), o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) fez duras críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamando-o de “covarde” após a decisão do magistrado de suspender a rede social X e impor uma multa de R$ 50 mil a quem usar VPN para acessar a plataforma. Van Hattem usou o próprio X para expressar sua indignação, desafiando abertamente o ministro.
“Vem me multar em R$ 50 mil por dia, Alexandre de Moraes. Vem? Covarde,” escreveu o deputado, demonstrando sua insatisfação com o que considera uma violação flagrante da liberdade de expressão. Em outra publicação, Van Hattem reafirmou que sua dignidade está intrinsecamente ligada à sua liberdade de expressão, algo que ele considera inegociável, independentemente das ameaças ou punições impostas.
A decisão de Moraes, que inclui não apenas a suspensão do X no Brasil, mas também uma multa severa para quem tentar driblar o bloqueio através de VPNs, tem sido amplamente criticada como uma forma de censura prévia. Para muitos, a medida é vista como um ataque direto aos direitos dos cidadãos brasileiros, impondo punições financeiras a quem ousar desafiar as ordens do ministro.
O desafio de Van Hattem reflete uma resistência crescente entre aqueles que veem nas ações de Moraes uma perigosa tendência autoritária, destinada a silenciar o debate público e controlar o fluxo de informações no país. Ao adotar uma postura tão severa, Moraes não apenas aliena figuras públicas como Van Hattem, mas também coloca em risco a própria noção de liberdade de expressão, um direito fundamental que está sendo cada vez mais pressionado no Brasil.
A postura combativa de Van Hattem contra Moraes sinaliza um descontentamento crescente com a maneira como o Judiciário tem exercido seu poder, especialmente em questões que envolvem a liberdade digital e o direito à comunicação. Em um momento em que a censura e o controle estatal sobre a internet estão em debate, as palavras do deputado ecoam como um chamado à resistência contra qualquer forma de opressão judicial.
