Após anunciar retirada de soldados da região de Kiev e Chernihiv, Rússia parece reposicionar forças armadas em região separatista
EFE via R7
O presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, denunciou nesta quarta-feira (30) uma “concentração de tropas russas” para lançar novos ataques no Donbass, no leste do país, e disse que não acredita “em ninguém” ao mencionar a suposta retirada de tropas invasoras de Kiev e Chernihiv.
“Sobre a suposta redução da atividade dos ocupantes nessas frentes, sabemos que isso não é um desvio, mas as consequências do exílio. Consequências do trabalho de nossos defensores. Mas também vemos que ao mesmo tempo há um reforço de tropas russas para novos ataques no Donbass. E estamos nos preparando para isso”, afirmou Zelenski em sua mensagem.
O presidente ucraniano acrescentou que “não acreditamos em ninguém, em nenhuma construção verbal bonita. Há uma situação real no campo de batalha. E agora isso é o mais importante. Não vamos dar nada de presente. E vamos lutar por cada metro da nossa terra”.
Sobre o processo de negociação em curso, declarou que “ainda são palavras. Por enquanto não há detalhes”.
Zelenski mencionou que em nível diplomático conversou hoje por uma hora com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a quem agradeceu por um “novo pacote de ajuda humanitária de 1 bilhão de dólares (R$ 4,7 bilhões) e mais 500 milhões de dólares (R$ 2,3 bilhões) de apoio direto ao orçamento”, o que considerou “um ponto de inflexão”.
Nesse sentido, comentou que recebeu de Biden “o apoio de princípios dos Estados Unidos à Ucrânia, para mostrar todo o poder do mundo democrático”.
“Se queremos lutar juntos pela liberdade, pedimos aos nossos parceiros… E se realmente lutamos juntos pela liberdade e pela proteção das democracias, temos o direito de exigir ajuda neste momento difícil. Tanques, aviões, sistemas de artilharia… A liberdade não deve ser pior armada que a tirania”, opinou.