Intoxicação por metanol preocupa autoridades e mobiliza estados

Brasil soma 59 suspeitas; São Paulo concentra casos confirmados e já registra uma morte

O Brasil contabiliza, até esta quinta-feira (2/10), 59 casos suspeitos de intoxicação por metanol, segundo o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). O estado de São Paulo concentra a maioria das ocorrências, com 42 investigações e 11 confirmações, além de uma morte atribuída ao consumo de bebidas adulteradas. Pernambuco apura cinco suspeitas, incluindo duas mortes, e o Distrito Federal investiga um caso.

Diante do avanço dos registros, o Ministério da Saúde anunciou a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico, usado como antídoto, e negocia com parceiros internacionais a aquisição de outros medicamentos. A medida visa reforçar a rede pública no tratamento das vítimas.

As fiscalizações também foram ampliadas. Em São Paulo, seis estabelecimentos foram interditados, incluindo bares em bairros da capital e um supermercado na Bela Vista. No Distrito Federal, a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária fecharam a distribuidora Amsterdan, após o rapper Hungria, de 34 anos, ser internado em Brasília com suspeita de intoxicação.

O metanol, conhecido como álcool metílico, é empregado na indústria como solvente e combustível. Por ser mais barato que o etanol, tem sido usado ilegalmente na adulteração de bebidas alcoólicas. A ingestão mesmo em pequenas doses pode causar cegueira, falência de órgãos e morte.

Estados como Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Espírito Santo já reforçaram a fiscalização em bares, distribuidoras e fábricas. Também foram emitidos alertas sobre sintomas de intoxicação e orientação para notificação imediata de casos suspeitos.

A Polícia Civil de diferentes estados conduz operações contra falsificação e comércio irregular de bebidas. Em um dos casos, no Espírito Santo, um homem foi preso por vender produtos adulterados adquiridos em São Paulo.

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