Completamente difundidos na literatura, quadrinhos e filmes do século XX, os ninjas simplesmente passaram a fazer parte do imaginário popular quando o assunto é Japão. Portanto, não é nada anormal pensar que esses lutadores misteriosos estejam perambulando pelas ruas de Tóquio ou qualquer outra cidade japonesa enquanto a vida acontece.
Porém, a maioria das coisas que sabemos sobre esse grupo de pessoas foram criadas pelo mundo Ocidental e são raramente baseadas em fatos. Logo, será que realmente conhecemos os ninjas de verdade? Será que eles realmente existem ou existiram? Veja só a lista com seis fatos curiosos que nós separamos sobre eles!
1. Nome diferente
(Fonte: Shutterstock)
Na cultura japonesa, a palavra “ninja” não é a mais correta para descrever esses guerreiros. Segundo os documentos históricos, eles eram recorrentemente chamados de Shinobi ou Shinobi-no-mono — algo que você saberia se tivesse passado mais tempo assistindo Naruto.
Em uma tradução literal, “Shinobi-no-mono” pode ser algo como “Aquele que se esconde” ou “Aquele que rouba”. A palavra ninja vem de como os caracteres kanji japoneses eram lidos em chinês e só foi passar a ser usada no século XXI.
2. Primeiros ninjas
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Os ninjas eram verdadeiros espiões feudais no território do Japão, prática que era desprezada até o início do século XIII. Antes desse período, não existe nenhum tipo de registro histórico de que algo do tipo tenha acontecido. As primeiras provas da existência de Shinobis são de 1375.
No épico de guerra japonês Taiheiki, ninjas altamente qualificados são usados para destruir um castelo. Cerca de 100 anos depois, a espionagem passou a operar em todos os setores da sociedade japonesa e mais relatos de ninjas foram aparecendo por todos os cantos.
3. Aliança com samurais
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Ao mesmo tempo que os verdadeiros samurais, que respeitavam a honra acima de tudo, desprezavam o trabalho feito pelos ninjas — o qual envolvia diversas práticas questionáveis —, as duas classes trabalhavam em conjunto para uma liderança.
A verdade é que sempre existiu trabalho sujo a ser feito e para os samurais era mais cômodo ter outra pessoa para desempenhar essa função. Com isso, alguns samurais contratavam diretamente ninjas para realizar trabalhos que teoricamente lhes trariam desonra.
4. Principais clãs
(Fonte: Shutterstock)
Na época de ouro dos Shinobi no Japão, os clãs Iga e Koga eram os mais especializados em tal prática. No século XV, essas duas aldeias passaram a formar famílias ninjas de várias gerações e, com isso, tornaram-se os ninjas mais profissionais do mundo.
Eles eram tão bons no que faziam que qualquer pessoa que ousasse copiar seus métodos pareceria um simples amador. Os Iga e os Koga forneceram os melhores ninjas aos senhores do Japão por quase 100 anos, até serem eliminados de vez por um exército rival.
5. Uso de shurikens
(Fonte: Shutterstock)
Em praticamente todas as representações populares, os ninjas aparecem arremessando shurikens — aquelas estrelas de metal cortante — em seus adversários. É certo que esses acessórios foram usados no período histórico em que esses guerreiros estavam mais ativos.
No entanto, há poucas evidências de que eram eles que faziam uso dessas armas. Era comum um ninja ser especializado no uso de uma variedade de ferramentas, mas as shurikens eram vistas como uma coisa ligada aos samurais e serviam muito mais como uma distração do que uma arma mortífera.
6. Roupas pretas
(Fonte: Shutterstock)
Na ficção, os ninjas notoriamente usam cores pretas para se disfarçar nas sombras. Na vida real, eles realmente tinham que seguir diretrizes rígidas sobre o que deveriam usar, mas isso não costumava trazer obrigatoriedade do uso de vestimentas pretas. Em primeiro lugar, era mais importante garantir que a armadura usada fosse segura e não emitisse qualquer som.
Com isso, todas as roupas eram baseadas nas necessidades e circunstâncias de uma missão específica. Roupas pretas eram comuns em noites sem lua, mas o branco podia surgir em noites de lua cheia. Ou então, eles poderiam usar quaisquer roupas e cores que estivessem na moda e os ajudassem a se misturar com a multidão.