EUA afirmam acompanhar desdobramentos da ação penal no Brasil que envolve o ex-presidente
O governo dos Estados Unidos voltou a criticar publicamente o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governo brasileiro nesta segunda-feira (14), em meio à expectativa pela apresentação das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) na ação penal que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como réu.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter), o subsecretário de Estado para a Diplomacia Pública e Assuntos Públicos, Darren Beattie, afirmou que o presidente Donald Trump teria “imposto consequências há muito esperadas” ao STF e ao governo brasileiro. Segundo ele, essas medidas seriam uma reação a supostos ataques contra Bolsonaro, à liberdade de expressão e às relações comerciais com os Estados Unidos.
A declaração ocorre na mesma semana em que a PGR deve concluir seu parecer sobre o chamado “núcleo 1” da ação penal que investiga a tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022.
Na postagem, Beattie afirma que o governo dos EUA “acompanha atentamente” o desenrolar do caso e reitera críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes. Ele também classificou como “uma vergonha” as medidas judiciais brasileiras que, segundo ele, comprometeriam a tradição democrática do país.
Embora não haja até o momento manifestação formal da Casa Branca ou do Departamento de Estado, a publicação reforça o tom adotado por Trump desde a imposição da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, anunciada no início do mês.
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a nova declaração do subsecretário.
