Procuradores que tiveram cargos nas gestões de Aras ficaram de fora da lista tríplice do colegiado
Augusto Aras sofreu uma nova derrota nesta segunda-feira (21/06), desta vez no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Procuradores que tiveram cargos nas gestões de Aras ficaram de fora da lista tríplice do colegiado.
A lista tríplice, que será submetida a Aras, foi composta por José Robalinho Cavalcante, com 459 votos; Roberto Antônio Dassiê Diana, com 409; e Antônio Edílio Magalhães Teixeira, com 376. Havia seis concorrentes.
Os três nomes ligados ao procurador-geral da República não receberam votos o suficiente. Foram eles Pablo Coutinho Barreto, com 367 votos; Anderson Lodetti de Oliveira, com 342; e Maurício Andreiuolo Rodrigues, com 55 votos.
Anderson Lodetti integrou a Comissão de Assessoramento Orçamentário ao PGR, nomeado por Aras. Maurício Andreiuolo foi secretário-geral do CNMP, nomeado por Aras, e depois secretário-geral adjunto do Ministério Público da União, também uma função de confiança. E Pablo Barreto era, até semana passada, titular da Secretaria de Pesquisa e Análise do MPF, um dos mais estratégicos órgãos do MPF, pela qual passam todas as investigações complexas da casa. Até ontem pelo menos o nome dele ainda estava no site como titular, tão recente é a saída. Foi nomeado por Raquel Dodge e mantido por Aras.
No MPF, era dado como certo que, se qualquer um deles fosse para a lista, seriam escolhidos por Aras. Os três, embora tenham participado da gestão Aras, são respeitados tecnicamente e reconhecidos como bons procuradores. Mas colegas temiam que fossem aliados de Aras no CNMP.
Guilherme Amado, Eduardo Barretto, Metrópoles