Sem participação do PT, presidenciáveis aparecem em protesto

Doria, Mandetta, Ciro Gomes e Eduardo Leite marcam presença no protesto do MBL em São Paulo

Políticos da oposição marcaram presença em atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (12.set). Possíveis rivais do chefe do Executivo nas próximas eleições, o governador João Doria (PMDB-SP), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) compareceram ao protesto na Avenida Paulista, em São Paulo.

Luiz Henrique Mandetta discursou em carro elétrico e relembrou a época em que assumiu o Ministério. Ele afirmou que alertava o presidente sobre a gravidade da pandemia de Covid-19 e disse que ouvia como resposta que “nós não podemos parar a economia”. “Quando você negligencia a vida, nada mais se justifica”, disse Mandetta.

Ao SBT, o governador João Doria afirmou ser a “favor da liberdade”. “Decidi porque a manifestação é a favor do Brasil, a favor da democracia, a favor da liberdade. Eu tenho que estar aqui, eu sempre estive ao lado da liberdade. Eu sou filho de um deputado federal que foi caçado pelo golpe de 64, portanto eu sei a importância de estar aqui hoje. Viva o Brasil, viva a democracia”, disse.

Candidato à presidência nas últimas eleições, o pedetista Ciro Gomes utilizou seu perfil oficial no Twitter para publicar imagens das manifestações. Ele esteve ao lado da militância partidária nos atos deste domingo.

O governador Eduardo Leite (PSDB-RS) também esteve no protesto e falou com os presentes: “A democracia é a oportunidade da constestação, é a regra do jogo para que a gente possa conviver. Nós não podemos tolerar um país que insiste em colocar uns contra os outros, quando não falta problema pra gente ser contra, não falta problema para resolver. […] Nós estamos aqui nas ruas para dizer que a democracia brasileira vai resistir aos ataques antidemocráticos”, declarou.

Em nota divulgada na noite da última 4ª feira (8.ago), o MBL convocou todos os partidos aos atos, mas pediu que deixem “suas pautas particulares e suas preferências eleitorais de fora”. Os protetos são organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Movimento Vem Pra Rua. Adeptos pedem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A liderança do MBL nas manifestações deste domingo provocou ruptura entre siglas da esquerda. PT e PSOL anunciaram que não iriam aderir, mas PDT, PCdoB e PSB participarão.

Bruna Yamagutti, SBT

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