Desde domingo (26), duas embarcações do exército do Irã estão atracadas no Porto do Rio de Janeiro, Brasil. A Autoridade Portuária confirmou que o porta-helicópteros IRIS Makran e a fragata IRIS Dena ficarão no porto até o dia 4 de março. No entanto, tanto o governo dos Estados Unidos quanto a Embaixada de Israel no Brasil consideram a presença dos navios como uma provocação e um “desenvolvimento perigoso e lamentável”.
A embaixada israelense usou as redes sociais para fazer um apelo, afirmando que o Brasil não deve conceder nenhum prêmio a um “Estado maligno”, que é responsável por inúmeras violações dos Direitos Humanos contra seus próprios cidadãos, além de executar ataques terroristas em todo o mundo e distribuir armamento para organizações terroristas em todo o Oriente Médio. A embaixada pediu que o Brasil siga os passos de países como EUA, Canadá, Austrália, Japão e muitos outros, e destaque o regime iraniano como uma entidade terrorista.
Declaração do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel:
Israel vê a atracagem de navios de guerra iranianos no Brasil há alguns dias como um desenvolvimento perigoso e lamentável. pic.twitter.com/0V9ug8JJ88
— Israel no Brasil (@IsraelinBrazil) March 2, 2023
Os Estados Unidos também deixaram claro seu posicionamento sobre o assunto, considerando a presença dos navios de guerra iranianos no Brasil como uma provocação. A embaixadora dos EUA no Brasil, Elizabeth Bagley, afirmou que os navios, no passado, facilitaram o comércio ilícito e atividades terroristas e já tiveram sanções da ONU. Bagley afirmou que o Brasil é um país soberano, mas acredita fortemente que esses navios não deveriam atracar em qualquer lugar.
O governo brasileiro chegou a “segurar” a autorização por alguns dias, coincidentemente no período em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve com o presidente dos EUA, Joe Biden. No entanto, a atracagem foi autorizada mesmo assim. A presença dos navios iranianos já levou a uma declaração do senador republicano Ted Cruz em favor de estudar se é o caso de adotar sanções contra entidades brasileiras associadas a esse episódio, como o Porto do Rio de Janeiro e a Marinha do Brasil.
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