A secretária do Entorno, Carol Fleury, continua lutando para melhorar a qualidade de vida dos milhares de passageiros que são afetados diariamente com a péssima qualidade do transporte da região
Por Sandro Gianelli*
Carol explicou que, por ser um local considerado geograficamente goiano, mas muito próximo do Distrito Federal, as tentativas de unificar as tarifas do transporte coletivo por meio de um consórcio interfederativo, não é uma tarefa simples.
“A gente precisa ter esse consórcio, porque tem uma parte que é em Brasília e tem uma parte que é no estado de Goiás. Como é que vai fazer 2 operadoras? 2 valores diferentes? Nós temos que pensar a região, aquestão do transporte, e sensibilizar, mostrar, tem que ser prioridade.Quando a gente fala de 1 milhão e 300 mil habitantes, quando a gente fala de 224 mil pessoas, indo e vindo todos os dias, quando 70% disso é mão de obra para o GDF ou para o Governo Federal”.
Carol comentou que está cobrando os estudos dos órgãos técnicos responsáveis, além de tentar envolver a população, mostrar a quantidade de pessoas que são afetadas diariamente, reféns do transporte precário que é ofertado. “Nós estamos falando de não permitir um aumento, de melhorar a qualidade do transporte. Nós estamos falando de linhas precárias, só tem uma linha que é licitada do Entorno, nós precisamos fazer essas licitações. Precisamos fazer chamamentos, precisamos ter fiscalização, porque é um transporte caro e de péssima qualidade. Só que também não adianta suspender, sem dar alternativa, nós precisamos ter alternativa”.
Além disso, ela comentou que trazer mais opções, aumentar a variedade de empresas e serviços que atende a população irá contribuir com a qualidade do transporte. Fleury pontuou também que, a mobilidade urbana é o grande gargalo do Entorno. “Nós precisamos ter a concorrência, a competitividade, estimular que as empresas participem, que elas realmente recebam que seja de direito, mas que elas entreguem o que a população precisa, que nós estamos falando de vidas. Nós estamos falando de pessoas que passam um dia na semana em pé, dentro do ônibus, porque você gasta 4 horas entre ir e vir ou mais. Nós estamos falando dessa questão que é da vida das pessoas todos os dias, então, como eu já tinha dito, é o nosso maior desafio é um grande desafio”, desabafou.
A secretaria do Entorno destacou que, um estudo em conjunto com o Governo do Distrito Federal é necessário para saber onde integrar as linhas de cada região. Ela avaliou que a falta de passe estudantil e passe livre acaba sendo mais uma forma que prejudica os moradores e estudantes do Entorno. “Uma qualidade de transporte, que é realmente o que a população merece, porque transporte é uma política social, é um direito, então nós precisamos realmente focar toda a atenção para resolver essa questão do transporte e da mobilidade como um todo da região do Entorno”.
Fonte: *Conectado ao Poder