Após queda no nível do Guaíba, comércio central ainda enfrenta alagamentos e danos significativos
Porto Alegre enfrenta um processo de recuperação após a queda no nível do lago Guaíba, que marcou a pior enchente da história da cidade. Na região central, muitas ruas permanecem alagadas, mas as marcas nas paredes dos imóveis mostram a altura que a água atingiu no auge da enchente.
Funcionários dos comércios locais já começaram a limpeza das lojas, tentando contabilizar os prejuízos causados pela inundação. Uma loja na região central foi totalmente invadida pela água, e outros estabelecimentos ficaram destruídos, evidenciando o impacto devastador da enchente.
Desde a semana passada, o nível do Guaíba tem apresentado uma tendência de queda, embora com algumas pequenas oscilações. Às 16h desta segunda-feira (20), o nível estava em 4,25 metros, uma redução em comparação com os 5,02 metros registrados na semana anterior. Apesar dessa diminuição, o nível ainda está bem acima da cota de inundação, que é de 3 metros, e da de alerta, que é de 2,5 metros.
A prefeitura de Porto Alegre informou que a enchente afetou 157.701 pessoas e 39.422 edificações. Nesta segunda-feira, 26 escolas municipais e 100 escolas conveniadas retomaram suas atividades, sinalizando um passo importante na volta à normalidade.
Além dos prejuízos materiais, a enchente provocou uma mudança no mapa do Rio Grande do Sul, com diversas cidades gaúchas afetadas pelas chuvas intensas. Mais de 90% das cidades do estado sofreram algum tipo de impacto, conforme relatado pelas autoridades locais.
Porto Alegre continua em estado de alerta, enquanto esforços de limpeza e reconstrução seguem em ritmo acelerado. A população, resiliente, se une em busca de uma rápida recuperação e retorno à normalidade.
As imagens são do Estadão Conteúdo: