Arthur Lira cobra que Lula pare de “gastar energia” com pautas ideológicas e foque nas reformas

Lira deixou claro que o Congresso é Conservador e Liberal | Foto: Redes Sociais

Presidente da Câmara cobra foco do governo de Lula na aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária

Durante sua participação no LIDE Brazil Investments Forum, evento realizado em Nova York, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deixou claro que é hora do governo de Luiz Inácio Lula da Silva escolher onde gastará sua energia: em pautas ideológicas do Partido dos Trabalhadores (PT) ou na aprovação do arcabouço fiscal e da reforma tributária.
Lira destacou a importância de preservar o que já foi aprovado, considerando que “a principal reforma que o Congresso brasileiro terá que brigar diariamente é a reforma de não deixar retroceder tudo o que já foi aprovado no Brasil, no sentido da amplitude do que é mais liberal. Então, não retroceder será a nossa principal reforma. Vigiar o tempo todo”.
O presidente da Câmara citou o exemplo recente do projeto de decreto legislativo (PDL) que sustou os decretos de Lula relativos ao marco regulatório do saneamento. Ele enfatizou que a Câmara não o fez por picuinha ou por maldade política, mas sim porque um decreto não pode alterar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional.
Na visão de Lira, o Congresso tem se notabilizado pela aprovação e busca das reformas, tendo aprovado a previdenciária e a trabalhista e com a reforma administrativa pronta para ir a plenário. Ele destacou a importância do apoio político, empresarial e da imprensa para avançar com as reformas.
O foco do governo é a aprovação do arcabouço fiscal, tema em que Lira e o governo convergem. A intenção do presidente da Câmara é aprovar, ainda este mês, o arcabouço fiscal e, até o fim do semestre, a reforma tributária.
O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro, também presente no evento, lembrou que poucos acreditam na aprovação da reforma, mas o ex-presidente Michel Temer, que tentou aprová-la em seu governo, acredita na simplificação tributária. 
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