Bolsonaro depõe à PF sobre supostas fraudes nos cartões de vacina

Essa será a terceira vez que Bolsonaro se apresentará à PF desde o término de seu mandato.

Por Rogéri Cirino

O ex-presidente Jair Bolsonaro comparecerá à sede da Polícia Federal (PF) em Brasília nesta terça-feira (16) para prestar depoimento no âmbito da investigação das supostas fraudes nos cartões de vacinação da Covid-19.

Na operação denominada Venire, que investiga as suspeitas de fraudes, a PF realizou mandados de busca e apreensão na residência de Bolsonaro, tendo confiscado seu celular. O depoimento do ex-presidente está agendado para as 14h, na sede da PF, localizada na Asa Norte, região central de Brasília. Informações obtidas pela reportagem indicam que a Polícia Militar do Distrito Federal reforçará a segurança do edifício, seguindo o esquema adotado nos dois depoimentos anteriores do ex-presidente.

A âncora da CNN, Daniela Lima, antecipou que Bolsonaro negará conhecimento sobre o suposto esquema durante seu depoimento, enfatizando que ele nunca foi vacinado e, portanto, não teria um cartão de vacinação. No entanto, a PF também busca investigar se o ex-presidente se beneficiou da fraude.

No dia da operação da PF, Bolsonaro declarou que não havia se vacinado contra a Covid-19 e que não houve adulteração em seu cartão de vacinação. Ele fez essas afirmações enquanto saía de sua residência no Jardim Botânico, em Brasília, que foi alvo de busca e apreensão pela PF.

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Operação Venire

No dia 3 de maio, a Polícia Federal prendeu o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília, e apreendeu o celular do ex-presidente. Essas ações fazem parte da Operação Venire, que investiga a prática de crimes relacionados à inserção de dados falsos sobre vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, especificamente nos sistemas SI-PNI e RNDS.

Além de Mauro Cid, Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Palácio do Planalto, também foram presos. O secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, João Carlos de Sousa Brecha, também foi alvo de prisão preventiva.

De acordo com informações apuradas pela CNN, a cidade de Duque de Caxias está envolvida na investigação devido a um registro encontrado no sistema de saúde, que indicava que a vacinação de Bolsonaro havia sido realizada em um posto de saúde desse município fluminense. A investigação revelou que esse dado era adulterado.

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