O ex-presidente Jair Bolsonaro deve depor à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (26) sobre os ataques do dia 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília.
Por Rogério Cirion
A PF investiga Bolsonaro como instigador, pelas postagens na internet sobre o resultado das eleições presidenciais do ano passado e, principalmente, por uma postagem no dia 10 de janeiro, dois dias após os atos. Bolsonaro passou a ser investigado formalmente na categoria de instigadores após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Para este novo depoimento, Bolsonaro deve estar acompanhado pelos advogados Paulo Bueno, Marcelo Bessa e Fabio Wajngarten, que era secretário de Comunicação durante a gestão de Bolsonaro na Presidência da República. A PF não pediu à Polícia Militar do Distrito Federal escolta ou reforço na segurança do prédio-sede que fica na Asa Norte.
Nos últimos dias, a PF colheu os depoimentos do general Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e de um grupo de militares que esteve no Palácio do Planalto do dia dos ataques. Os depoimentos foram determinados depois que a CNN divulgou novas imagens exclusivas do dia dos atos criminosos. Gonçalves Dias disse à PF que acredita ter acontecido um “apagão geral” do sistema de inteligência, dada a falta de informações para a tomada de decisões durante os ataques criminosos de 8 de janeiro. Ele também negou ter sido omisso durante os ataques e afirmou que não tem responsabilidade sobre o caso.
