Bolsonaro propõe convocar movimentos de rua em todo o Brasil pela libertação de presos do 8/1

Ex-presidente alega que assessores estão presos de forma covarde

Por Rogério Cirino

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levantou a possibilidade de convocar movimentos de rua em todo o Brasil para pedir a liberdade dos presos envolvidos nos atos antidemocráticos que ocorreram no dia 8 de janeiro, nos prédios da Praça dos Três Poderes. Durante um evento de filiação do ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Fernando Holiday, Bolsonaro enfatizou que é necessário lutar pela soltura dos detidos, que, segundo ele, estão sendo mantidos de forma covarde por 70 dias.

No início do ano, grupos de bolsonaristas descontentes com a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protagonizaram cenas de violência ao invadir e depredar as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em Brasília. Em meio aos confrontos com a Polícia Militar, eles clamavam por um golpe militar que restaurasse o poder do candidato derrotado.

Os desdobramentos dessa manifestação resultaram na prisão em flagrante de mais de 2 mil pessoas pela Polícia Federal, com os homens encaminhados para a Penitenciária da Papuda e as mulheres para o presídio da Colmeia.

Além disso, Bolsonaro reiterou uma declaração enganosa feita em seu retorno ao Brasil, após um período nos Estados Unidos. Ele afirmou que o governo teria retirado dois carros blindados que supostamente havia escolhido, mas esclareceu que continua utilizando os dois veículos oficiais que lhe foram disponibilizados.

Entretanto, a Casa Civil refutou a afirmação do ex-presidente na época de seu retorno, ao esclarecer que os ex-presidentes não têm direito ao uso de veículos blindados. De acordo com a Lei no 7.474, de 8 de maio de 1986, os ex-presidentes têm direito a dois veículos oficiais com seus respectivos motoristas, mas não inclui carros blindados entre os benefícios concedidos.

Apesar da informação oficial, Bolsonaro segue defendendo sua versão e mantém a ideia de convocar manifestações em prol da libertação dos presos envolvidos nos protestos de janeiro. O caso permanece sob os holofotes, aumentando a tensão política e suscitando debates sobre a legalidade das reivindicações do ex-presidente.

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