O Brasil alcançou neste sábado (8/08/2020) a triste marca de 100.477 mortos por Covid-19. Os dados são do Ministério da Saúde.
Fatos são fatos, e 100.000 pessoas mortas são uma calamidade e uma catástrofe – nunca o Brasil chorou tantas vidas por um só motivo, nem na epidemia de gripe espanhola, no início do século passado, nem na Guerra do Paraguai, em nenhum momento de sua história o país viveu tamanha mortandade.
Uma doença obscura, misteriosa, aqui mesmo no BSB Times, dia após dia, noticiamos fatos novos que dão conta de inúmeras nuances e propriedades desse vírus que ameaça a todos nós– não se passou uma semana desde o início da pandemia que um fato novo não fosse descoberto sobre esta doença.
Um vírus que desafia a ciência, que não consegue, a partir de sua metodologia, oferecer verdades concretas em tempo de impedir tamanha miséria humana.
E temos somente ela, a ciência, para nos guiar. A ciência é o que de melhor fizemos, enquanto humanos, ao longo da história para nos municiar contra as vicissitudes que a existência nos impõe – e agora não será diferente.
Porém, na urgência não se faz possível toda a aplicação de testes, comprovações e recomprovações, que a ciência demanda para afirmar: isto é verdade, isto é assim – haja desta forma.
De certo vivemos na incerteza nos debatendo em busca de uma explicação que de sentido ao que acontece e recaímos da ciência no ideologismo: lockdown, cloroquina, máscara, ivermectina, distanciamento horizontal, distanciamento vertical, abre, fecha, vai, não vai…
E no hiato da verdade preenchemos com o que de mais notório o ser humano sabe fazer: lutar por poder. Da inexistência de uma verdade final damos conta do sentido pela ideologia que se transveste, como sempre, em política.
No final, ao seu tempo, que não será o que queremos, e não é agora, nem amanhã, a ciência dará a resposta, e saberemos, por fim, porque morreram 100.000 pessoas neste país até o dia de hoje por esta doença.
Equipe – BSB TIMES.
