FONTE: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, na terça (21), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que o Brasil precisa ter visão estratégica e uma política de estado para desenvolver o setor de fertilizantes e reduzir a dependência externa desses insumos.
O tema da audiência conjunta nas Comissões de Agricultura e de Minas e Energia foi o Projeto de Lei 4338/2023, que institui o “Programa Emergencial para a Fabricação da Amônia e Ureia” e propõe a captação de recursos da União para subvencionar os preços do gás natural usado como matéria-prima desses compostos.
Representes do setor privado e do governo discutiram os impactos que o investimento na produção nacional de amônia e ureia podem gerar para os setores agropecuário e industrial brasileiro, para a economia em geral, meio ambiente e para a saúde da população.
O consultor de Mercado da CNA, Ênio Fernandes, falou da necessidade e viabilidade de incentivar a produção nacional de fertilizantes. “Os grandes produtores desses insumos são nossos concorrentes ou estão em regiões de grande conflito político. E se essa cadeia for interrompida? Toda sociedade perde”.
Para o consultor, o Brasil não pode continuar dependendo de importação e, para isso, precisa desenvolver parte desses insumos internamente.
Durante a audiência, o consultor destacou a importância de o país ter uma visão estratégica e de longo prazo. “É impossível garantir que teremos parcerias com os países para sempre, então precisamos reagir”.
Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura nacional são importados, ao custo de US$ 25 bilhões anuais. A expectativa do Plano Nacional de Fertilizantes é chegar em 2050 com uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50%.
Assista a audiência na íntegra: