Céline Dion quis manter imagens de espasmos em documentário

Documentário sobre a cantora canadense chegou ao Prime Video na terça-feira (25)

A cantora canadense Céline Dion, 56, insistiu que os registros dela tendo um “violento espasmo muscular” fossem mantidos no novo documentário sobre sua vida, revelou Irene Taylor, diretora de “Eu Sou: Céline Dion”. O documentário estreou no Prime Video na terça-feira (25).

Em entrevista à Variety, Taylor contou que Dion fez questão de incluir o momento “intensamente revelador” na versão final do filme. Ao assistir à filmagem, Dion disse: “Acho que este filme pode me ajudar” e acrescentou: “Eu não quero que você corte essa cena”.

A cena foi um choque para Taylor, que não esperava capturar um dos espasmos associados à Síndrome da Pessoa Rígida, a condição neurológica com a qual Dion foi diagnosticada. “Estatisticamente, a probabilidade de isso acontecer enquanto minha câmera estava filmando é extraordinariamente rara”, explicou Taylor.

“Ninguém esperava que isso acontecesse. Nunca discutimos: ‘E se isso acontecer, o que faremos?’ Nunca tivemos essa conversa, porque simplesmente presumimos que isso não aconteceria”, contou a diretora.

Dion compartilhou seu diagnóstico pela primeira vez em uma postagem de vídeo emocionante em 2022. A Síndrome da Pessoa Rígida é “uma síndrome rara e progressiva que afeta o sistema nervoso, especificamente o cérebro e a medula espinhal”, segundo o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame.

No ano passado, a cantora anunciou o cancelamento da turnê “Courage World”, com uma fonte próxima a ela dizendo à CNN que ela “provavelmente nunca mais fará turnê”.

“A bola de neve cresceu muito rapidamente”, disse Taylor, descrevendo o momento em que o espasmo aconteceu. Poucos minutos antes, Dion havia terminado dois dias de gravação pela primeira vez em quatro anos. Apesar do desconforto e da incerteza sobre filmar o incidente, Taylor continuou filmando.

“Eu percebi: ‘Quer saber? Eu também tenho um trabalho a fazer’… Mas a minha parte humana estava muito desconfortável”, afirmou Taylor. “Mas eu realmente acredito no poder da não-ficção e que podemos transportar as pessoas em sua própria imaginação, mostrando-lhes coisas reais, não roteirizadas.”

No início deste mês, Dion dirigiu-se à multidão na exibição do filme e falou sobre uma nova esperança para sua condição. Ela também agradeceu aos fãs, dizendo que o filme foi uma “carta de amor” para cada um deles.

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