Em entrevista concedida a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores afirmou que os EUA não proporcionaram ‘nenhuma ajuda substancial
por Agência Estado
O governo da China declarou nesta segunda-feira (3) que os Estados Unidos não proporcionaram “nenhuma ajuda substancial” para combater o coronavírus e que, “pelo contrário”, tomou medidas que “poderiam criar e espalhar o pânico”.
Em entrevista coletiva concedida através do aplicativo WeChat – para evitar as reuniões lotadas desaconselhadas pelo governo – a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, afirmou que “alguns países ofereceram apoio e assistência” à China desde o início da epidemia.
No entanto, segundo a porta-voz, os EUA foram os primeiros a retirarem os funcionários do consulado americano em Wuhan – cidade onde ocorreu o surto -, a sugerirem o esvaziamento parcial da embaixada e a proibirem a entrada de chineses no país, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha “deixado claro que não recomendava e inclusive se opunha a restrições de viagem”.
“O que os Estados Unidos fizeram poderia criar e espalhar o pânico”, comentou a porta-voz.
Hua destacou que, “em um mundo globalizado, os destinos de todos os países estão muito vinculados” e, “diante de uma crise de saúde pública, os países devem trabalhar juntos para superarem as dificuldades, e não empobrecer o vizinho e tirar vantagem das dificuldades dos demais”.
Segundo a porta-voz, até o domingo passado, 16 estrangeiros tinham sido infectados pelo novo coronavírus na China, dos quais dois se recuperaram e 14 permanecem em quarentena em quadro estável.
De acordo com dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China nesta segunda-feira, o novo coronavírus já causou 17.205 infecções e 361 mortes em todo o país. A única morte registrada desta epidemia fora da China continental foi um homem de 44 anos que morreu nas Filipinas.
A epidemia de SARS causou, de acordo com dados da OMS, 765 mortes em todo o mundo, das quais 348 foram na China continental e 297 em Hong Kong.